Sem categoria

Greve dos bancários chega à internet

A greve nacional dos bancários, que hoje completa 10 dias, chegou à internet. O sistema de pagamentos por meio do Internet 30 horas do Itaú Unibanco sofreu interrupções entre o fim da tarde de quarta-feira e o início da tarde de ontem (7).

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, disse que o problema foi provocado pela paralisação de setores estratégicos nos centros técnico e operacional e administrativo do banco em São Paulo.
Por sua vez, o Itaú Unibanco afirmou, por meio de sua assessoria, que o problema, já solucionado, não teve relação com a greve. O banco, no entanto, não informou a causa da instabilidade ocorrida no sistema.

Alguns clientes disseram que transações efetuadas no dia anterior não apareciam no extrato, enquanto destinatários de transferências feitas não recebiam o valores.

"É reflexo das atividades de terça-feira, quando fechamos o centro técnico e operacional do banco, na avenida do Estado, e o Centro Administrativo Unibanco, na rodovia Raposo Tavares", diz o sindicalista. "Esse pessoal não trabalhou e acabou provocando esse tipo de prejuízo para o banco."

A tecnologia fez mudar a estratégia de categorias como os bancários. Hoje, 90% das transações bancárias são feitas por meio eletrônico. "Temos consciência de quanto o setor é automatizado, mas também sabemos que há outros setores sensíveis, como mesa de câmbio, teleatendimento e a questão da própria imagem dos bancos", afirmou Cordeiro.

A greve dos bancários já é considerada a maior nos últimos 20 nos. Já atingiu 8.758 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 Estados e no Distrito Federal, segundo a Contraf.

O movimento cresceu e paralisou 8.758 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. O balanço é da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h.

"Trata-se da maior paralisação da categoria nos últimos 20 anos, superando o pico da greve de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Cordeiro atribui a culpa pela greve aos bancos, que permanecem em silêncio, recusando-se a retomar o diálogo com o Comando Nacional e apresentar uma nova proposta “decente com avanços econômicos e sociais".

Segundo a entidade, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não respondeu à carta enviada na terça-feira (4), cobrando a retomada das negociações. "Vamos despertar os banqueiros ampliando ainda mais a greve, a fim de que tragam uma proposta à altura dos lucros estrondosos de R$ 27,4 bilhões que acumularam somente no primeiro semestre deste ano", destaca Cordeiro.

com agências