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Repressão a indignados em Roma fere 135 pessoas

Uma das repressões policiais mais graves das últimas décadas em Roma, que aconteceu no sábado (15) durante a manifestação de indignados, provocou ferimentos em 135 pessoas, entre manifestantes e policiais.

Como em todas as grandes cidades da Europa que passaram por protestos nos últimos meses, o governo Berlusconi prometeu forte repressão aos manifestantes. A senha para a repressão seria a ocorrência de qualquer conflito com a polícia, o que se verifica a partir da ação de agentes infiltrados entre os manifestantes.

Entre os 30 manifestantes feridos, dois ficaram com dedos amputados.

A Praça São João de Latrão foi a área onde as forças de segurança realizaram a repressão mais violenta. Agitadores iniciaram a depredação de alguns imóveis, o que fez com que a polícia encontrasse um pretexto para dar início à repressão.

A ação policial dispersou parte da manifestação, enquanto outros manifestantes reagiram à investida da polícia, lançando paus e pedras contra policiais e causando ferimentos leves a 105 agentes das forças de segurança.

No sábado, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, prometeu punir os "manifestantes" que causaram os distúrbios e considerou a violência registrada no sábado como “um sinal preocupante”.

Os agitadores infiltrados na manifestação incendiaram veículos e um depósito do Exército no centro da cidade, além de terem quebrado vidros e vitrines de bancos e lojas. Os confrontos na zona da Praça de São João de Latrão duraram cerca de quatro horas e a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para conter os manifestantes.

Com agências