Jimmy Christian conta trajetória de sucesso na fotografia

Cientista social por formação e fotógrafo por paixão, Jimmy Christian foi a estrela de ontem na “Photovivência, diálogo com o fotógrafo”, realizada no espaço Thiago de Mello, na Saraiva Mega Store. A palestra faz parte programação do Festival de fotografia Bem na Foto, que acontece até o dia 24 de outubro em Manaus.

palestra jimmy

Filiado ao PCdoB desde a época de estudante, Jimmy contou um pouco de sua trajetória até se apaixonar pela fotografia. “Tudo começou com os quadrinhos. Eu adorava desenhar e minha mãe me incentivava. Quando ela faleceu, me senti perdido, pois era ela que me apoiava. A partir dali, vi que eu precisava me virar e vi na fotografia essa saída”, contou.

Antes de fotografar profissionalmente, Jimmy foi policial militar. “Não tinha nada a ver comigo. Nessa época, consegui entrar num jornal local. Aí as coisas melhoraram. Mas estava estudando e meu chefe não entendia a importância do estudo. Acabei demitido. Fiquei seis meses desempregado até ser convidado para trabalhar na Sepror (Secretaria de Produção Rural do Amazonas)”, disse, acrescentando que abandonou a polícia.

Na Sepror, Jimmy conta que teve a oportunidade de conhecer a Amazônia. “Nossa região é de muito difícil acesso. Só com a estrutura do Estado para conseguir fotografar as situações exóticas e interessantes”, afirmou.

Prêmios
Em 2004, Jimmy fundou o Núcleo de Antropologia Visual do Amazonas (NAVI), com orientação da Dra. Selda Vale (UFAM);

Foi finalista em 2005 do 3º Concurso Cultural Fotográfico Leica-Agfa Fotografe, vencendo o 5º prêmio ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo e Gás Natural), com a matéria “Aberta nova frente de exploração em Coari”, do Jornal A Crítica. Promoveu a exposição “Margeando”, no Encontro da Associação Brasileira dos Antropólogos Norte e Nordeste na Universidade Federal do Amazonas e “Aparas do dia”, na galeria Moacir de Andrade.

Em 2006, formou-se em Ciências Sociais pela UFAM, com a tese “Beiradão Urbano”, retratando a peculiaridade do povo vindo do interior do Amazonas para a capital e expôs na 2ª Mostra de filme etnográfico do Ideal Clube com o tema “Ritual da Tukandeira”.

Em 2007, venceu o Prêmio Assembléia Legislativa de Imprensa na categoria reportagem fotográfica com tema livre intitulado “Profissão: perigo”, abordando o cotidiano dos taxistas de Manaus.

Em 2009, venceu o Prêmio Foto Arte Brasília, na categoria "Antropologia e Cultura” com a fotografia “Nego D´água”.

Em 2010, foi homenageado pelo Clube de Fotografia “A escrita da luz”, sendo destaque como “Melhor fotógrafo do Amazonas de 2009”.

Este ano, foi o grande vencedor do 8º Salão Nacional de Fotografia “Pérsio Galembeck”, na categoria Retrato, com a imagem “Sem Cabeça”.

Em novembro, Jimmy fará a exposição intitulada “Remanso dos Quilombolas” no espaço cultural Zumbi dos Palmares da Câmara de Deputados, em Brasília.

De Manaus,
Mariane Cruz