Médicos param no Dia Nacional de Luta em Defesa do SUS

Os médicos baianos da rede pública vão aderir ao movimento nacional e paralisar o atendimento ambulatorial aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nesta terça-feira (25/10). O objetivo da manifestação é chamar à atenção dos governantes para as condições precárias do serviço público de saúde, além de pedir mais recursos para o setor, melhor assistência à população e uma remuneração digna.

Segundo informações do Conselho Federal de Medicina, médicos de 22 estados vão aderir ao movimento, que é coordenado pela Comissão Pró-SUS, composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

A previsão é que se tenha a adesão de pelo menos metade dos 195 mil médicos que trabalham no SUS, que vão suspender os atendimentos eletivos (consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos). No entanto, ficará assegurado o trabalho nas unidades de urgência e emergência.
Reivindicações

Entre as principais dificuldades relatadas pelos médicos em todo o país estão a baixa remuneração, a não implantação da CBHPM (Classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos e a defasagem da tabela SUS. Também afetam o trabalho médico a ausência de um plano de carreira, a precarização dos vínculos de emprego, as contratações sem concurso e a falta de isonomia salarial na mesma rede do SUS. Os médicos que são servidores concursados pelas Secretarias de Saúde reclamam ainda que os salários estão defasados e não correspondem á responsabilidade, á dedicação e aos preparos exigidos. Além desse quadro, constata-se a situação caótica da urgência e emergência em nível nacional.

Os profissionais divulgaram uma carta(http://www.cremeb.org.br/data/site/uploads/arquivos/CARTA_POPULACAO.pdf)
explicando á população os motivos da paralisação.

De Salvador,
Eliane Costa