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16 Dias de Ativismo lutará contra agressão estatal e militarismo

Da paz no lar até a paz no mundo: Desafiemos o militarismo e acabemos com a violência contra as mulheres.Esse é o lema deste ano da campanha internacional 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, que ocorrerá pela 21ª vez, entre o próximo 25 de novembro, Dia Internacional de Ação Não Mais Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. 

Neste ano, o tema escolhido é para pôr fim à violência estatal, desdobrando-se na questão do militarismo e seus impactos na vida das mulheres.

A intenção é abordar principalmente três dimensões da violência estatal – a violência sexual durante e depois dos conflitos; a violência sexual e a violência com base no gênero cometida por agentes do Estado, especialmente pela polícia e forças armadas; e a violência política contra as mulheres, ocorrida antes, durante e depois das eleições.

Entre os objetivos da campanha, está unir os movimentos para "desafiar o militarismo, que promovem principalmente Estados Unidos e seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)".

Ligado a isso, ativistas feministas querem conscientizar a sociedade, por meio de ações e debates, sobre a proliferação das armas de fogo e o papel que exercem na violência doméstica, perpetuando uma ideia de poder e masculinidade.

“O militarismo propicia certas formas de masculinidade que muitas vezes têm consequências sobre a segurança das mulheres, a daqueles homens que não aceitam as estruturas patriarcais e machistas e a sociedade inteira”, explicita a coordenação da campanha.

Posicionamento reforçado pela coordenadora da Rede de Mulheres da Rede Internacional de Ação sobre as Armas Pequenas (Iansa, na sigla em inglês), Sarah Masters.

"Ao enfocarmos sobre as maneiras como a paz no lar se relaciona com a paz no mundo, comprovamos que os valores da não violência podem influir nas atitudes de nossas amizades, famílias, comunidades, governos e outros atores. O tema deste ano está vinculado com o problema das armas ligeiras (fácil de portar, sejam brancas ou de fogo) e seu emprego na violência contra as mulheres e as meninas em todo o mundo", disse.

De acordo com o site do Center for Women's Global Leadership (CWGL), organizador da campanha, cerca de 3.700 organizações, em 164 países, já participaram da campanha, desde 1991, ano da primeira edição.

O centro ressalta que além das datas emblemáticas de início e término da campanha, os 16 dias compreendem ainda o Dia Internacional dos Defensores dos Direitos das Mulheres (29 de novembro), o Dia Mundial de Combate à AIDS (1º de dezembro), e o aniversário do Massacre de Montreal, ocorrido em 6 de dezembro de 1989, quando 14 mulheres estudantes morreram e 13 ficaram feridas em um ataque anti-feminista.

Fonte: Adital