Publicado 28/10/2011 15:11 | Editado 04/03/2020 17:07
Durante o evento, que aconteceu no auditório da Reitoria, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e diretor do Fórum dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES), Fernando Amorim, fez uma avaliação da assinatura do acordo emergencial firmado em agosto, e apontou as principais reivindicações do PROIFES para dar sequência às negociações com o governo.
Entre as principais divergências, está a proposta pelo Governo de inclusão de um novo nível de Carreira, não aceita pela categoria, e a necessidade, apontada pelos Docentes, de novos níveis de piso e teto, além do aumento de recursos para as Universidades Federais. Contudo, Fernando Amorim chama a atenção para o fato de que alguns destes aspectos estarem além da capacidade de negociação, como o aumento do volume de recursos, e ressalta a necessidade de mobilização dos Professores e da Sociedade.
“Para resgatar o atraso e promover os avanços, há a necessidade de envolvimento dos professores e a conquista do apoio da sociedade”, afirma Fernando, fazendo uma crítica a falta de envolvimento da Universidade Federal na qualificação de professores de Ensino Básico e Médio.
Para o diretor do PROIFES, o cenário é complexo. Ele aponta para dificuldades a serem enfrentadas na negociação com o Governo Federal, como a crise econômica internacional, e as próprias características deste novo governo que, apesar de ser de continuidade, apresenta distinções, como decisões mais centralizadas. Contudo, Fernando avalia que também há aspectos positivos. “A disposição do governo em reafirmar a via da negociação democrática é um fator positivo, e a expressão de interesses é explicitada pela mediação”.
Após a exposição, a discussão foi aberta para platéia, oportunizando os docentes presentes a fazerem perguntas. O presidente do ADURN-Sindicato, João Bosco Araújo, mediou o debate e ressaltou a importância da participação do PROIFES, que “pretende contribuir para finalizar o processo de construção da Carreira dos professores universitários das Instituições de Ensino Superior Público Federal”.
João Bosco Araújo lembrou que o debate e a mobilização em torno da reestruturação da Carreira dos Docentes das IFES não foram encerrados no ato de assinatura do Acordo com o Governo, e que este evento “se insere na luta do Movimento Docente para garantir a correção de aspectos da nossa Carreira”.