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PSDB decide nome para disputa em S. Paulo até janeiro,em prévias

O PSDB anunciou hoje (28) que fará prévias para escolher o candidato que representará a legenda na disputa a sucessão do atual prefeito Gilberto Kassab (PSD), até o final de janeiro de 2012. A decisão foi tomada após reunião com os quatro pré-candidatos do partido, na noite de ontem, e debate com membros do diretório.

As prévias contrariam o grupo do governador tucano Geraldo Alckmin, que pretendia postergar as prévias até março, para ter mais tempo para costurar alianças, inclusive com a nova sigla criada por Kassab, o PSD. Isso, já é uma vitória dos pré-candidatos sobre o Palácio dos Bandeirantes.

"As prévias serão feitas até janeiro, mas não há uma data. O prazo foi colocado em votação e a ampla maioria aprovou que elas acontecessem no primeiro mês do ano que vem", justificou o presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini.

Os cerca de 22 mil filiados ao partido na capital votarão na consulta interna que decidirá qual dos membros sairá candidato à prefeitura de São Paulo. São eles: os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), José Aníbal (Energia) e Bruno Covas (Meio Ambiente) e o deputado federal Ricardo Trípoli estão na disputa pela candidatura.

Enquanto isso, os tucanos continuam aprofundando suas diverdgências em meio a uma crise de identidade. No twitter, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) voltou a criticar o comando da legenda cobrando posicionamento sobre diversos temas nacionais, além de reformulação interna.

Segundo ele, é preciso marcar posições desde agora a oposição pode se fragilizar para a disputa presidencial de 2014. "Dessa forma, sem trabalhar direito hoje, sem formular propostas, sem organizar o partido, sem uma oposição firme agora, 2014 já era", afirmou o tucano no microblog.

Aloysio, que foi o senador mais votado do estado de São Paulo na última eleição (2010), citou fatos como reformas política e do Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional, e obras para a Copa de 2014, como alguns desses assuntos que precisam ser pontuados.

Ele ainda atacou, cobrando organização do PSDB. "A quantas anda a tão alardeada reorganização do partido, especialmente das seções estaduais praticamente dizimadas nas últimas eleições? Eleita no fim de maio, a Executiva Nacional não se reuniu nenhuma vez até agora. E o recadastramento dos militantes, indispensável à realização de prévias?", questionou.

Já o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), minimizou os ataques e negou a falta de sintonia entre os tucanos. "Não há a menor chance de existir uma crise. O que ocorre são preocupações naturais e o senador Aloysio tem muito para contribuir sempre com o partido"

O partido se reune no dia 7 de novembro em um seminário para discutir alternativas para o país, onde todos estarão reunidos para o debate. 

"Não há oposição frágil até porque se faz uma oposição forte no Congresso e temos feito isso. Nós estamos organizando o partido. Não há problemas, existem preocupações naturais. Não tem essa história de oposição fragilizada.", afirmou Guerra.

Aloysio Nunes já havia usado o microblog para disparar críticas ao partido. Acusou os tucanos paulistas de o alijaram da propaganda política estadual da sigla, assim como ao ex-governador José Serra.

Além das críticas do senador, o comando do partido ainda tem que administrar a disputa pela vaga de presidenciável do PSDB. Após o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ter manifestado disposição de concorrer à sucessão de Dilma Rousseff em 2014, Serra reagiu e disse que a oposição deveria evitar a antecipação do debate e se preparar para as eleições municipais do próximo ano.

Fonte: Folha Online