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Tensão social e desemprego aumentam na Grécia

Os novos dados do desemprego na Grécia ampliaram o clima de tensão social que o país vive com a situação econômica, agravada depois do resgate financeiro imposto pela União Europeia (UE).

O índice de desemprego elevou-se para 17,6% em julho, de acordo com o escritório de estatísticas da UE, que aponta um número acima do citado pelo governo grego há menos de duas semanas.

O anúncio mostra, uma vez mais, o fracasso da política de "austeridade" imposta pela instituição europeia que, longe de reanimar a economia, a afunda cada vez mais, apesar do otimismo do governo do premiê, George Papandreu.

O ministro de Relações Exteriores, Stavros Lambrinidis, disse no último domingo (31) ao canal de televisão CNN que depois das decisões adotadas no Conselho Europeu a perspectiva para a Grécia "era mais positiva" e se vislumbrava "uma luz no fim do túnel".

Para desmentir a afirmação, a esmagadora maioria dos gregos não depositam esperanças no futuro, considerando que a ajuda de 130 bilhões de euros e as condições impostas significam um acordo negativo para o país, segundo pesquisas de opinião.

Uma pesquisa realizada pelo jornal To Vima consigna revelou que 60% dos pesquisados são contra a resolução que reduziu a dívida grega, já que ela prejudicará a soberania nacional, repassando o controle da economia à UE e ao FMI.

Apenas um em cada três consultados afirmaram que as medidas serão positivas para a Grécia.

Apesar de tudo, mais de 75% das pessoas sondadas pelo instituto disseram que preferiam continuar dentro da eurozona, enquanto pouco menos de 25% afirmaram que desejariam abandonar o euro, ressucitando a antiga moeda, o dracma.

As medidas adicionais exigidas pelo credores internacionais fizeram com que os movimentos sociais fossem às ruas durante o fim de semana, em protestos que foram vistos em várias cidades.

O repúdio popular em massa fez com que fosse suspensa uma parada militar programada pela festa nacional, na última sexta-feira, em Tessalônica, a segunda maior cidade do país, e que teria a presença do presidente Carolos Papulias.

Com informações da Prensa Latina