Lula Morais anuncia conclusão do Pacto pela Vida
O deputado Lula Morais (PCdoB) anunciou nesta terça-feira (1º/11) que na próxima quinta (3) será realizado um debate, que conclui o projeto Pacto pela Vida, após dois anos de discussão sobre o assunto, em todas as regiões do Estado. Segundo o parlamentar será apresentado um documento que vai ajudar o Ceará a se conduzir no enfrentamento do problema da droga e da violência gerada pelo vício, “que tem provocado a destruição de ambientes de trabalho e lares”.
Publicado 01/11/2011 13:18 | Editado 04/03/2020 16:30
De acordo com ele, não são somente as drogas ilícitas que vem causando infortúnios à vida da comunidade. “Temos consciência que entre os viciados, menos de 50% se recuperam. Além disso, o álcool passa a ser, para grande maioria, a porta de acesso a outras drogas”, avisou.
Lula Morais observou que o trabalho será concluído com o debate desta quinta-feira. “Temos a consciência de que a Assembleia está contribuindo para o fortalecimento de políticas públicas do combate ao uso de drogas, e que teremos a diretriz para o encaminhamento de uma solução desse problema”, considerou.
O parlamentar observou que a Casa, com o trabalho do Conselho de Altos Estudos, ampliou o seu espectro de ação. “Nós precisamos mobilizar a sociedade”, frisou o deputado, acentuando que a sua geração foi a que mais fumou. Porém, através de campanhas públicas, a sociedade se educou e reduziu-se o consumo a menos de 15% da população.
Lula Morais avaliou que o problema do consumo das drogas não tem solução única. Ele destacou que o álcool, que provoca 60% dos acidentes que chegam ao IJF, tem seu consumo iniciado entre os jovens ainda em casa, quando tomam o primeiro porre, comemorando um aniversário.
O deputado Moésio Loiola (PSD) elogiou o tema abordado. Segundo ele, não é uma política de governo, que vai resolver o problema. Ele defendeu o envolvimento de toda a sociedade. “Tem de ser um sentimento público. O Ceará já tem 100 mil consumidores de crack. Não é mais só um problema da polícia”, asseverou. Ele observou ainda que os custos de uma clínica particular são muito elevados e somente 15 dias de internação em uma clínica pública são absolutamente insuficientes para curar o dependente.
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Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa