Começa o 41º congresso da União Colegial de Minas Gerais

 

Teve início na manhã deste sábado o 41º congresso da UCMG no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. Mais de 300 estudantes de todas as regiões do estado estão reunidos e com muita animação para decidir quais serão as principais bandeiras dos estudantes secundaristas para o próximo período e eleger a nova diretoria da entidade. Participaram da mesa de abertura do congresso o secretário geral da UFJF, Basileu Tavares, o deputado estadual Bruno Ciqueira, vice-presidente da CCJ da ALMG, Cristina Castro, secretária geral da CONTEE, e Yann Evannovick presidente da UBES.

A união colegial de Minas Gerais foi reconstruída há oito anos e de lá pra se consolidou como a legítima voz dos estudantes e da juventude mineira. A entidade é protagonista das lutas pelo meio-passe estudantil em várias cidades do estado como Belo Horizonte, Montes Claros e Poços de Caldas. Também é defensora incansável da reconstrução do sistema educacional brasileiro. A UCMG juntamente com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas defende o projeto da nova escola, moderna e democrática e a ampliação do acesso ao ensino superior.

No último período a UCMG tem chamado atenção para a necessidade da construção de uma rede estadual de escolas técnicas em Minas e para a criação do fundo social do minério com recursos destinados à Educação. Tem feito diversas mobilizações, passeatas, ocupações na assembleia legislativa para conquistar a sociedade para estas bandeiras.

“Neste congresso a principal bandeira levantada pelos estudantes é a criação do fundo social do minério para educação. É preciso reverter a dívida que o Estado mineiro tem com o seu povo. É inadmissível que com tantos problemas sociais, o royalty sobre o minério de ferro seja de apenas 2% sobe o faturamento líquido das mineradoras e estas não pagarem nenhum centavo de ICMS”, afirmou Péricles Francisco presidente da gestão cessante da UCMG.

UJS forte e politizada no congresso da UCMG

A União da Juventude Socialista, com a tese Tenho Algo a Dizer, está presente no congresso da UCMG com mais de duzentos estudantes. Além da defesa do fundo social do minério a UJS trás para o congresso a bandeira da garantia do direito dos estudantes à meia-entrada nos jogos da copa. “Lutamos muito para conquistar a meia-entrada. Não pode ser a FIFA quem vai dizer se o nosso direito vai valer ou não. Não é a Copa que está recebendo o Brasil, é o Brasil que está recebendo a copa. Portanto, a nossa soberania deve ser respeitada” declarou Isadora Scórcio, candidata a presidenta da UCMG pelo Movimento Tenho Algo a Dizer.

Outro ponto central levantado pela UJS é a conscientização dos jovens sobre o papel conservador desempenhado pelas grandes empresas de comunicação do Brasil. “A mídia brasileira age como um partido de direita e quer substituir a soberania do povo pela ditadura dos jornais e das revistas conservadoras. É preciso democratizar os meios de comunicação para termos de fato liberdade de imprensa no Brasil. A UJS está entrando de cabeça nesta luta” disse o presidente estadual da UJS, Flávio Nascimento.
O evento também é a etapa estadual do congresso da UBES que acontecerá no próximo mês na cidade de São Paulo e reunirá jovens de todo o Brasil.

De Juiz de Fora,
Diogo Santos