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Organização dos EUA defende mudança de política para Cuba

A mudança da política dos Estados Unidos teria um impacto benéfico e duradouro nas sociedades cubana e estadunidense, indicou nesta terça-feira (8) um relatório do Centro para a Democracia nas Américas (CDA).

O CDA, uma organização sem fins lucrativos, busca apoio para uma nova visão da política estadunidense em relação ao país caribenho, informa em sua página na Internet.

A Administração do presidente Barack Obama deve retirar Cuba de sua lista suja, o que lhe permitiria apoiar o processo de reformas empreendidas pelas autoridades desse país, indica o Centro.

O grupo reconhece a frustrada política de bloqueio contra a ilha e sugere à Casa Branca retirar o país de forma unilateral da famigerada lista de "países terroristas" porque, em sua opinião, é uma política que afeta a economia cubana.

O grupo afirma também que essas ações castigam o comércio e as trocas financeiras legais, privando o povo cubano do acesso à tecnologia moderna.

O estudo pede que Obama dê ordens para facilitar o fluxo de financiamento e para apressar a demanda no incipiente setor privado.

A organização acrescenta que, desta forma, o presidente poderia usar sua autoridade executiva para estabelecer e ampliar categorias de viagem para certos grupos, entre eles jornalistas e atletas, algo que só pode ser eliminado se o Congresso acabar com as proibições existentes pelas leis de bloqueio.

Em outra trecho de suas opiniões, a entidade pede às autoridades estadounidenses que permitam o acesso de Cuba às instituições de créditos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, algo que é norma global para países que atravessam calamidades econômicas.

A análise solicita também a eliminação do programa da Agência Estadunidense para o Desenvolvimento Internacional (USAID) porque é um desperdício anual de milhões de dólares e que só aumenta incrementa as tensões entre Havana e Washington.

Nessa linha, a organização qualifica como um fracasso para a USAID a detenção e aprisionamento do estadunidense Alan Gross, julgado pelos tribunais cubanos por executar ações fora da lei.

A CDA conclama à Casa Branca que apoie as reformas realizadas pelas autoridades cubanas no país, para enfrentar os problemas econômicos. O presidente e o resto dos políticos estadunidenses devem reconhecer que as reformas introduzidas na ilha são reais e abrem um espaço ao livre mercado, acredita o texto.

Dessa forma a entidade se declara em oposição à política dos Estados Unidos para Cuba e defende a substituição do atual enfoque – o de obrigar aos cubanos que desmantelem seu sistema –, por um que contemple novas políticas que conduzam à normalização e reconhecimento do governo cubano, afirma o grupo em sua página na Internet.

A política de bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, presente há mais de 5 décadas no cenário das relações entre as duas nações, falhou e isola a nosso país do povo cubano, destaca.

Com informações da Prensa Latina