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Câmara de SP debate agressões da Guarda Civil a moradores de rua

A Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais realizou uma reunião nesta quinta-feira (10) para discutir a agressão cometida por homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM) contra moradores de rua. Nesta semana, o SBT transmitiu uma reportagem denunciando a ação dos policias.

De acordo com a matéria, a abordagem acontece durante a madrugada e as pessoas são acordadas com spray de pimenta no rosto e agressões físicas. Os moradores de rua agredidos estavam na Praça da República, Centro de São Paulo.

O coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, Anderson Lopes, explicou que as denúncias não são apenas casos isolados. “Essa ação dos policiais acontece há anos e ficamos cada vez mais apreensivos. O que os moradores de rua precisam é de políticas públicas nas áreas de saúde, segurança e também de qualificação profissional.”

Durante a reunião, representantes de entidades e moradores de rua pediram a exoneração do secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, e do comandante geral da GCM, Joel Malta de Sá. “A prática da GCM é sistemática, contínua e permanente, e a única conclusão que uma pessoa de bom senso pode ter é que isso faz parte de uma diretriz, e isso é inaceitável. Por isso, queremos uma mudança radical com a demissão do secretário e do comandante”, afirmou o Padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo.

O presidente da comissão, vereador Jamil Murad (PCdoB), considerou inadmissível a violência cometida pelos guardas. “Estes agentes públicos recebem dinheiro de impostos para proteger o povo e não é porque essas pessoas não têm casa que elas deixam de merecer respeito e proteção”, explicou Murad. Segundo ele, a questão da exoneração destes profissionais será discutida com todos os outros integrantes da comissão. “A questão de se cobrar a demissão é um grito de alerta. Ou se toma uma providência ou essa (demissão) será a medida que deve ser tomada”, concluiu.

A comissão agendou outra reunião para discutir a violência contra os moradores de reunião para a próxima quarta-feira (16), às 10 horas, na Sala Tiradentes, na Câmara Municipal de São Paulo.

Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo