PCdoB se soma ao mar de gente em defesa do Rio de Janeiro

Uma festa da cidadania, contra a injustiça e em defesa do Rio. Foi assim que cerca de 150 mil pessoas participaram do ato, no dia 10, que defendeu a manutenção das regras da divisão dos royalties. Depois da caminhada da Candelária até a Cinelândia, a atriz Fernanda Montenegro leu um manifesto que afirma que “quando um direito assegurado pela justiça é ameaçado, não são apenas os fluminenses que se encontram ameaçados, amanhã outros estados podem se ver na mesma situação”.

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A manifestação cobriu toda a Avenida Rio Branco. As centrais sindicais – CTB, CUT, UGT, NCST e Força Sindical – participaram do ato. Diversos partidos e sindicatos também participaram da manifestação, que contou com caravanas de todo o estado do Rio. Na Cinelândia, artistas se apresentaram e defenderam o Rio de Janeiro.

O manifesto, lido pela atriz Fernanda Montenegro, afirma que “o debate a respeito dos royalties, um direito assegurado pela constituição brasileira, não é uma mera questão, por essa razão o Rio de Janeiro está nas ruas. Quando um direito assegurado pela justiça é ameaçado, não são apenas os fluminenses que se encontram ameaçados, amanhã outros estados podem se ver na mesma situação. O direito aos royalties nunca foi um ato de generosidade para os estados produtores, significa um reconhecimento pela justiça dos impactos econômicos, mas agora, por conta de uma cobiça, tudo isso é desprezado. No caso do Rio de Janeiro isso significará apenas para o ano que vem a perda de R$ 3 bilhões para a economia fluminense, dinheiro que representa o pagamento de aposentados, pensionistas, investimentos sociais, obras de infra-estrutura e saneamento, entre outros”.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse ter certeza de que a presidenta Dilma Rousseff vetará o projeto que redistribui os royalties do petróleo, aprovado no Senado e que tramita na Câmara dos Deputados.

“Eu tenho certeza de que a presidenta Dilma, caso essa situação estapafúrdia permaneça e seja aprovada no Congresso Nacional, vai vetar. Porque ela é uma democrata, não vai permitir o linchamento de um estado brasileiro e sabe que esse é um precedente muito perigoso. É uma mulher serena, sensível e sabe que isso abre uma brecha de violação de direitos muito grave”, disse Cabral, em entrevista coletiva.

O PCdoB marcou grande presença no ato, com bandeiras e faixas. A militância comunista se somou ao povo do Rio em defesa do estado. Para a presidente do PCdoB-RJ, Ana Rocha, “mais uma vez o Rio de Janeiro foi às ruas em defesa do estado, do seu futuro, do seu desenvolvimento, da geração de emprego e renda. Estamos conscientes que o Rio não pode dar um passo atrás e hoje juntamos as mãos em todo o estado. O PCdoB também está nessa luta, pois o que está em jogo é o futuro, o desenvolvimento e o emprego dos trabalhadores. As bandeiras vermelhas do PCdoB se somaram a esse mar de povo em defesa do estado. Defender a economia do Rio de Janeiro é defender também a economia nacional. O PCdoB está na frente desta luta, entendendo que é estratégica a defesa dos royalties para o Rio de Janeiro”.