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O novo Chávez já está na Venezuela

Cinco meses depois de ser submetido à primeira de duas operações cirúrgicas e após quatro ciclos de quimioterapia e um rigoroso processo de recuperação, o "novo Chávez" irrompeu hoje com força no cenário político venezuelano.

O próprio mandatário começou a empregar o qualificativo há várias semanas, ao informar à população sobre seu estado de saúde depois da extirpação em junho passado em Havana, Cuba, de um tumor com células cancerosas, de qual parece que já está completamente recuperado.

Na ocasião dizia manter-se na retaguarda, recuperando-se, embora advertisse que sua recuperação avançava e aos poucos ia aparecendo "o novo Chávez".

O certo é que, depois da última checagem médica, em meados de outubro, o presidente Hugo Chávez foi aumentando cada vez mais suas aparições, geralmente mediante contatos telefônicos ou breves intercâmbios com a imprensa no Palácio de Miraflores.

Mas sempre com a advertência de certas limitações condicionadas pelas indicações dos médicos que controlam sua recuperação.

No sábado da semana passada, 5 de novembro, durante uma visita à Academia Militar do Exército, por ocasião do 40º aniversário de seu ingresso nessa instituição, Chávez realizou uma prática de infantaria com os cadetes, com os quais deu uma volta trotando no Pátio de Honra da instalação militar.

Vários dias depois, na última quinta-feira (10), ele assistiu à constituição da Central Bolivariana Socialista dos Trabalhadores da Cidade, Campo e Mar, no estado de Vargas, onde falou durante mais de uma hora para cerca de quatro mil trabalhadores.

Essa foi a primeira participação em um ato público do chefe de Estado da Venezuela depois do parênteses aberto há cinco meses.

Menos de 48 horas depois, o presidente esteve presente no Teatro Nacional de Caracas, onde promulgou a lei para a regularização e controle dos arrendamentos de habitações, a primeira aprovada pela Assembleia Nacional surgida da iniciativa popular.

E se em Vargas o líder bolivariano disse que tinha um pé na retaguarda e outro na vanguarda, agora apareceu com firmeza na primeira linha de combate, em uma clara demonstração de que o "novo Chávez" já está entre os venezuelanos e pretende estar durante muito tempo.

Prensa Latina