Bacia do Prata será tema de reunião de Luciano e Compesa

A Compesa é proprietária da área e responsável pela manutenção dos mananciais lá existentes.

Na audiência, o parlamentar estará acompanhado de Silvana Silva, gerente executiva do Parque Estadual Dois Irmãos, em cuja área se encontra os açudes, o Horto Zoobotânico e um fragmento da Mata Atlântica.

A visita de Luciano à área foi acompanhada pela gestora do Parque, por um engenheiro da Compesa e por representes do Cedan – Centro de Defesa das Águas e da Natureza. Silvana Silva apontou a presença de moradores do entorno dos açudes como um dos principais problemas da área. Segundo ela, os moradores de bairros como Guabiraba e Sítio dos Pintos entram na área de forma clandestina e usam os açudes como balneário.

“Como se trata de pessoas da comunidade temos procurado dialogar, inclusive com a associação de moradores, buscando conscientizá-los de que o banho nos açudes é prejudicial à qualidade da água. Entretanto, essas tentativas têm sido insuficientes, exigindo ações mais efetivas de proteção no sentido de impedir o uso dos mananciais”, afirmou a gerente executiva do parque, que atribui o aumento gradativo de acesso à área à falta de monitoramento por parte da Compesa, que mantém apenas um vigilante no local.

“Atualmente, um grupo de pesquisadores da Cepan estão realizando um estudo de valoração da água para sabermos qual é o valor que a Compesa teria de repassar para o Parque para podermos fazer a manutenção. Estamos também com um projeto para restaurar toda a área, inclusive o casario”, destacou.

Silvana Silva citou ainda a falta de saneamento no entorno do parque como outro problema grave da área. Ela suspeita que esgoto domiciliar esteja sendo despejado nos açudes, que ainda hoje abastecem bairros como Casa Forte, Apipucos, Dois Irmãos e Casa Amarela. A água do manancial era considerada uma das mais puras do Recife.

A Bacia do Prata, formada pelos açudes do Meio e do Prata, é o primeiro manancial a ser utilizado para abastecer o Recife ainda no século 19. Na área encontra-se ainda o Chalé do Prata, imóvel que pertenceu a Branca Dias, senhora de engenho portuguesa que foi queimada pela Inquisição no século XVI. Toda a área é tombada pelo Conselho Estadual de Cultura, que em 1994 a declarou Conjunto Ambiental, Paisagístico e Histórico (Decreto nº 17.648, de 04/07/1994).

Fonte Site de Luciano Siqueira