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Órgãos federais: vazamento de petróleo em Campos foi contido

De acordo com o relatório de autoridades federais, os trabalhos do Grupo de Acompanhamento — formado por integrantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Ibama e da Marinha do Brasil (MB) — criado para fiscalizar as medidas que vem sendo tomadas pela Chevron Brasil Petróleo Ltda. para conter o vazamento de óleo, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro e mitigar as suas conseqüências está sendo analisado.

Segundo o relatório, desde o início do incidente, são realizados sobrevôos regulares em aeronaves da Marinha com técnicos do IBAMA e da ANP para acompanhamento da situação. Além disso, as equipes permanecem embarcadas na plataforma e no navio responsável pelas filmagens submarinas. Um Navio Patrulha continua na área acompanhando as ações em andamento.

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Vazamento contido

No sobrevôo realizado nesta segunda-feira (21/11) pelo helicóptero da Marinha, com técnicos do IBAMA, foi verificada nova diminuição da mancha, que continua se afastando do litoral.

A partir da análise das últimas imagens submarinas captadas pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), recolhidas pela ANP, além de dados e informações coletados no interior do poço, verifica-se que a fonte primária do vazamento está controlada. A exsudação está diminuindo, sendo observado apenas um ponto com pequeno fluxo.

Os técnicos garantem que os trabalhos de cimentação definitiva do poço estão em andamento, sob supervisão de técnicos da ANP. Eles ressaltam que, “como o vazamento ocorreu a grande profundidade, é importante ressaltar que o óleo leva tempo considerável para chegar do fundo do mar até a superfície. Assim, outras manchas que aflorem na superfície não representam, necessariamente, um novo vazamento”.

Punição

A ANP emitiu, nesta segunda-feira (21), dois autos de infração contra a Chevron Brasil Petróleo Ltda. O primeiro, às 13h, por não cumprimento do Plano de Abandono do Poço apresentado pela própria empresa à Agência. O segundo, às 16h, pela adulteração de informações sobre o monitoramento do fundo do mar. Os valores das multas serão definidos ao final do processo administrativo.

O IBAMA já multou a empresa nesta segunda-feira (21), às 14h30, em 50 milhões de reais, com base na Lei do Óleo (Lei nº 9.966/2000), em virtude do vazamento ocorrido.

As três instituições instauraram processos administrativos, no âmbito de suas competências, para investigação do incidente e aplicação de outras medidas cabíveis, de acordo com a legislação em vigor.

Da redação do Vermelho