Ulan: conquistas e desafios da imprensa latino-americana
O presidente da União latino-americana de Agências de Notícias (Ulan), Sergio Fernández, destacou em entrevista à Prensa Latina, nesta quarta (22), que o órgão já tem importância estratégica e agora acelera em direção à consolidação mediante a articulação das agências noticiosas dos países membros.
Por Christiane Marcondes*
Publicado 23/11/2011 15:47
Fernández comentou que a instituição, oficialmente inaugurada em 2010, tem como objetivo reunir informações que demonstrem a configuração dos novos tempos políticos que a América Latina está vivendo.
Citou, nesse sentido, a contribuição da cubana Prensa Latina, da argentina Telam, da mexicana Notimex e da Agência Venezuelana de Notícias para que a região se apresente diante do mundo “Com nossa própria voz, diferenças e cultura”.
Comparou o cenário atual do jornalismo latino-americano: “Os tempos mudaram, já não são as agências norte-americanas e européias que encabeçam a imprensa mundial com suas notícias, no passado, a América Latina só ganhava manchetes quando corria uma catástrofe, um golpe de estado ou outro tipo de tragédia”, ponderou.
E acrescentou: “Os latino-americanos têm competência de construir valores próprios, simbólicos. Estamos em uma região que, diante da crise mundial, está de pé, no rumo da plena autonomia e esses fatos precisam ser divulgados internacionalmente por nossos veículos”.
Debate e intercâmbio
Nesta quarta (23), especialistas de vários países estiveram representando as agências noticiosas latino-americanas durante um seminário e intercâmbio organizado pela Secretaria de Comunicação da Presidência Uruguaia e pela ULAN.
O presidente do Uruguai, José Mujica, recebeu os convidados, na abertura qualificada por Fernandez como um dos “pontos altos do evento”. Vale ressaltar também as intervenções de Fernández, também vice-presidente de Telam, José Dos Santos, da Prensa Latina, Rafael Croda, da Notimex, e Carlos Troya, da IP Paraguay, que compartilharam experiências locais.
O evento debateu o papel das entidades governamentais do setor de comunicação e definiu os elementos necessários para acelerar a organização e consolidação da entidade.
*com informações da Prensa Latina