Vaccarezza apoia ida de Negromonte à Câmara

A reportagem afirma que um parecer técnico do Ministério das Cidades foi alterado. Na primeira versão do documento, há a informação de que o órgão vetava a mudança de um projeto de transporte, em Cuiabá, Mato Grosso, de alterar a implantação de uma linha rápida de ônibus para um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), o que aumentaria em R$ 700 milhões o custo da obra. De acordo com a matéria, Negromonte teria avalizado a alteração.

“Qualquer denúncia, antes de ser dada como verdade, tem de ser investigada. Eu não tenho informação de que seja verdade o que saiu hoje nos jornais. Não que eles mintam. Eles divulgam aquilo que recebem”, disse Vaccarezza.

O líder deixou claro que o governo, como já foi dito em diversos momentos, “não tolera o malfeito e não coíbe nenhum processo de investigação.” Por isso, caso a oposição queira convidar qualquer ministro para esclarecimentos, não serão criadas dificuldades.

Para Vaccarezza, é preciso checar qual a veracidade do áudio apresentado pela publicação: “É um áudio de quem falando o que? Com quem? Prova contra o ministro tem de ter o ministro falando, e não outra pessoa. Há também que ver a data em que ele [vídeo] foi feito e como foi feito”.

O Vermelho ouviu a gravação disponível na página do Estadão e trata-se de um áudio de má qualidade, com trechos inaudíveis, inclusive, da diretora de Mobilidade Urbana do ministério, Luiza Vianna. Ela explica que houve mudanças da nota técnica, após receber orientações de que o técnico que havia assinado a primeira versão da nota técnica não teria condições de avaliar a situação.

“Não é da minha alçada [dizer se o governo vai abrir investigação]. Sei que todas as denúncias têm sido investigadas pelo Ministério Público, que vê se têm procedência, e pede posição da Justiça. Além disso, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União têm funcionado de forma bastante vigorosa e competente”, disse o deputado.

Vacarezza esclareceu que a denúncia envolvendo uma obra ligada à Copa do Mundo de 2014 não afetará a imagem do país no exterior. “O que o mundo fala sobre o Brasil, ao contrário do que ocorria em outras épocas, é só elogio. Somos exemplo de democracia e de investimento. Prova disso é que, ainda neste ano, pretendemos aumentar a cota de participação do país no FMI [Fundo Monetário Internacional].”

Um acordo neste sentido já teria sido feito. “Só falta a gente aprovar aqui. Eles [o FMI] é que querem que melhoremos nossa posição. O Brasil vai ter uma cota superior à que sempre teve. Vamos mandar mais, mas também teremos mais obrigações.”

Também reiterou o apoio que o governo vem dando ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, também alvo de denúncias publciadas na grande mídia. “Desde o começo, digo que ele é, e não está ministro. É um homem honesto e não há denúncia específica contra ele. O que há é uma denúncia em relação ao ministério, que será investigado. Pode ter certeza: o malfeito, se houver, será punido”, concluiu.

Confira o áudio, dividido em quatro partes, aqui.

Com Agência Brasil