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Lideranças debatem atuação do PCdoB no movimento social

Lideranças de diversas frentes do movimento social e dirigentes comunistas se reuniram nesta quinta-feira (24), na sede do Comitê Central do PCdoB, em São Paulo, para discutir o balanço e as perspectivas de atuação do Partido nas mobilizações populares no Brasil e no mundo.

Criado em abril de 2010, o Fórum Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB foi instituído durante o 12º Congresso Partido, realizado em novembro de 2009.

Segundo a secretária nacional de Movimentos Sociais do PCdoB, Lúcia Stumpf, a reunião visa a reflexão mais aprofundada e coletiva da atual condição dos movimentos sociais e debater medidas no âmbito partidário para reforçar o protagonismo do Partido nas diversas frentes de mobilização nacionais.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, ressaltou a necessidade de o PCdoB dar um sentido mais sistêmico ao Fórum. Segundo ele, é necessário mobilizar ainda mais o Partido em relação às frentes que atuam com as massas. “É o que chamamos de nossa força motriz. Pensamos que a transformação mais profunda só pode ser feita por essa força motriz organizada. O Partido precisa levar em conta o papel dessas organizações populares e estudar o papel delas nas condições atuais”.

Ele reforçou que o papel do movimento social no governo é impulsionar as mudanças em curso no país. “As próprias reformas democráticas estruturais que colocamos no nosso radar só irão para a frente com a força popular. Temos para essas transformações uma referência programática e política que é a construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento — tendo como objetivo alcançar a transição para o socialismo”.

A reunião debateu um texto base — contento uma série de reflexões iniciais sobre o tema —, produzido pela Secretaria de Movimentos Sociais.

O texto aborda a segunda fase aguda da crise sistêmica e estrutural do capitalismo que vem impondo diversas restrições e retrocessos de direitos à classe trabalhadora mundial — principalmente na Europa e nos Estados Unidos.

As lideranças comunistas analisaram a onda de protestos contra as medidas de arrocho adotadas por governos europeus como “soluções” aos impactos da crise. Tais medidas influenciaram em diversos países mobilizações de trabalhadores e jovens contra o desemprego, a exclusão social, o racismo e a xenofobia.

Do ponto de vista nacional, o encontro analisou as principais atividades que têm mobilizado o movimento social brasileiro e a participação do Partido nessas frentes. “Nesse ponto, o documento aponta a necessidade do fortalecimento dos espaços coletivos de atuação, que em nossa avaliação passa por um período de realocação de forças” afirma a secretária de Movimentos Sociais.

Esses espaços são compostos pelo Fórum das Centrais Sindicais, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), o Fórum Social Mundial (FSM), as marchas, as conferências e os conselhos de políticas públicas.

O texto propõe ainda encaminhamentos relacionados ao reforço desses espaços de unidade e a necessidade de buscar pautas políticas que sejam capazes de construir a unidade e gerar apelo popular. “Devemos aprofundar o debate sobre a pauta política capaz de impulsionar o movimento social para o momento atual”, ressalta Lúcia.

Ainda de acordo o presidente nacional do PCdoB, o documento debatido durante a reunião — e aprimorado a partir as contribuições dos dirigentes comunistas promovidas nesta quinta-feira — servirá como propostas para a direção do Partido. Antes de sua divulgação, o texto será analisado pela Comissão Política e pelo Comitê Central do Partido.

Da redação,
Mariana Viel