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Funcionários públicos do Reino Unido farão greve dia 30

Os funcionários públicos do Reino Unido convocaram uma greve para a próxima quarta-feira (30) em protesto contra a reforma da previdência, após um ano de negociações infrutíferas entre o governo e os sindicatos. Servidores de hospitais, aeroportos, colégios e tribunais do país devem participar.

Segundo associações de trabalhadores, cerca de 2,6 milhões de funcionários apoiarão a greve, que prevê o fechamento de dois terços das escolas nacionais, atrasos de até 12 horas no aeroporto londrino de Heathrow e milhares de cancelamentos de operações e consultas médicas no Serviço de Saúde britânica (NHS, sigla em inglês).

A convocação revela a oposição dos trabalhadores à reforma da previdência, que propõe elevar a idade de aposentadoria, além de aumentar as contribuições individuais e reduzir o valor desse benefício, que passará a ser calculado pela média do salário recebido durante os anos trabalhados, em vez de se basear na última remuneração.

Essas mudanças são consideradas injustas pelos sindicatos frente à postura governamental, que alega que as modificações são necessárias para manter baixo o custo do contribuinte, já que a expectativa de vida aumenta cada vez mais.

Em uma tentativa de evitar essa greve, que recebeu o apoio de 30 sindicatos, o governo apresentou, no início do mês, uma nova oferta "melhorada", que previa que o adiamento da idade de aposentadoria para os 67 anos não afetasse os funcionários que vão se aposentar na próxima década, mantendo o valor de seu benefício.

Para Brendan Barber, secretário-geral da confederação sindical britânica Trade Union Congress (TUC) em entrevista ao jornal britânico The Observer, o governo "manipulou deliberadamente a generosidade de suas propostas". Já o Executivo continuou, no sábado à noite, acusando os líderes sindicais de "irresponsáveis" por incitarem seus membros a convocarem a greve quando a nova oferta "protegeria a aposentadoria dos trabalhadores com salários médios e baixos".

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal The Independent On Sunday, Ed Balls, o porta-voz de finanças do Partido Trabalhista, expressou sua "enorme solidariedade" aos funcionários públicos que apoiam a medida. De acordo com Balls, é "lamentável" que o Executivo de conservadores e liberais não tenha conseguido evitar a greve.

Com EFE