Síria avalia medidas para combater sanções
O Conselho de Ministros da Síria avalia os efeitos que possam ter as sanções ditadas no domingo pela Liga Árabe sobre o povo, para adotar medidas a fim de combater suas repercussões.
Publicado 30/11/2011 12:32
Na coletiva de imprensa presidida na terça-feira (29) pelo premiê Adel Safar, o ministro de Informação, Adnan Mahmoud, disse que o gabinete estuda um plano de medidas para enfrentar os efeitos de tais represálias sobre a economia nacional.
Entre as sanções ditadas estão cortar os negócios e investimentos na Síria, suspender os voos das companhias aéreas regionais, proibir as transações bancárias e congelar os bens do governo nos bancos na região, o que está em sintonia com o script traçado já por Estados Unidos e a União Europeia.
Mahmoud assegurou que o governo está comprometido a satisfazer todas as necessidades dos cidadãos, e recordou que Síria se autoabastece e possui uma reserva estratégica para cobrir as demandas básicas e a alimentação.
A agência de notícias SANA informou de Aleppo, a maior e mais importante cidade econômica do país, que representantes da esfera dos negócios denunciaram as sanções da Liga Árabe e afirmaram que tal hostilidade fará com que a Síria encontre as alternativas necessárias para evitar o impacto negativo.
Em um comunicado, a comunidade empresarial dessa cidade destaca que essa política hostil não desviará ao povo sírio de seus princípios e fará que sua economia saia fortalecida desta crise, e mais imune.
O texto afirma que o povo sírio é criativo e pode rapidamente se adaptar às diferentes circunstâncias e resistir a toda forma de pressões e conspirações. Opina que as sanções da Liga Árabe constituem uma oportunidade histórica para que o povo sírio reordene suas prioridades e avance em vários domínios político, econômico, social e inclusive cultural.
Akram Shirif, um comerciante de roupas do Mercado Hamidia, no Velho Damasco, disse ontem à noite a Prensa Latina que ao menos em seu negócio as sanções não terão muito efeito negativo, pois todo o que vende é de produção nacional.
Ele reconheceu que pode se produzir uma baixa no poder aquisitivo da população, o que pode levar a uma redução nos negódcios, mas que isso – expressou – não necessariamente será o fim do mundo.
Com Prensa Latina