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Lobão: “Belo Monte é irreversível e só trará vantagens ao Brasil”

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu nesta quinta-feira (1º/12) a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte como "um projeto irreversível e que só trará vantagens ao Brasil e às populações que vivem na região". Ele lembrou que o país precisa anualmente de acréscimo de 5% no potencial de geração de energia elétrica para fazer frente às necessidades da população e das indústrias.

Para o ministro, sem Belo Monte seria necessário construir usinas termelétricas movidas a óleo diesel ou à queima de carvão, "todas caríssimas e altamente poluentes de gás carbônico". Lobão acrescentou — durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro — que a geração hidráulica é uma energia limpa, adotada em todos os países do mundo que dispõem de rios para que as turbinas das usinas funcionem.

Edison Lobão assegurou que "nenhum indígena será prejudicado com a construção de Belo Monte, pois a aldeia mais próxima fica a 32 quilômetros da área que será inundada e outras a 500 e 800 quilômetros". As populações que moram em áreas mais próximas da região a ser alagada vão ter residências construídas em outros locais, com assistência à saúde, à educação e serviço de saneamento básico. De acordo com ele, 5 mil famílias que atualmente vivem em pobreza absoluta na região terão condições dignas de acomodação.

Segundo o ministro, o potencial da energia que será gerada por Belo Monte representa 40% de toda a energia consumida atualmente pelas residências no país. Com ela, destacou, não voltará a ocorrer o racionamento compulsório de energia elétrica adotado em 2001 e 2002, quando a população teve que economizar 20% do consumo sob pena de estrangulamento do sistema.

Para Lobão, "todo o Brasil será beneficiado, pois o sistema de distribuição de energia é interligado, permitindo que deficiências de geração na Região Sul, por exemplo, possam ser supridas instantâneamente por fontes instaladas na Região Norte.

A Usina de Belo Monte será a terceira maior do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da Itaipu Binacional e dará empregos diretos e indiretos a até 50 mil trabalhadores. Lobão destacou que não entende "a campanha insidiosa que determinados segmentos fazem contra a construção, levando em conta que a obra só fará bem ao Brasil".

O projeto está sendo discutido há 40 anos e foi redesenhado. A previsão inicial era que a usina utilizaria 1.230 quilômetros quadrados, mas, pelo projeto atual, ocupará área de 500 quilômetros quadrados.

Fonte: Agência Brasil