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Parlasul volta às atividades após um ano; brasileiros tomam posse

Após um ano sem atividades, o Parlamento do Mercosul (Parlasul) volta a se reunir nesta sexta-feira (2), em sua sede, em Montevidéu, Uruguai. Os 37 parlamentares (27 deputados e 10 senadores) da Representação Brasileira no parlamento regional tomarão posse, unindo-se aos 26 representantes da Argentina, 18 do Uruguai e outros 18 do Paraguai, que já integram o Parlasul. Nessa retomada de suas atividades, o Parlamento do Mercosul vai discutir e votar modificações no seu regimento interno.

Nesta plenária, vão ser realizadas três sessões; a primeira, chamada de "sessão preparatória", a ser presidida pelo parlamentar mais antigo, elegerá a mesa, composta por presidente e quatro vice-presidentes, um por país. O vice-presidente pelo Brasil vai ser o deputado Dr.Rosinha (PT-PR). Pelo critério de rotatividade, o atual presidente, que é do Paraguai, será substituído por um parlamentar uruguaio.

A segunda sessão, chamada de "especial", vai discutir e aprovar a reforma do regimento interno do parlamento. Brasil e Uruguai, conforme já acordaram em reunião, em novembro, aqui no Brasil, vão propor mudanças pontuais no atual regimento e que se inicie um processo de revisão geral do documento.

A terceira sessão, ordinária, com pauta a ser definida na abertura dos trabalhos, também servirá para fixar o número de integrantes e a composição das comissões, que são permanentes, temporárias e especiais. Cada comissão deverá ter um representante por país.

Antes da plenária, as coordenações das delegações nacionais vão se reunir com o presidente do Parlamento, o parlamentar paraguaio Ignácio Mendoza Unzain, para consolidar as propostas de regimento interno.

Consenso do Rio

Na sessão ordinária do Parlasul, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Representação Brasileira, vai divulgar o "Consenso do Rio", uma proposta formulada por um grupo de economistas brasileiros, em oposição ao chamado "Consenso de Washington", decálogo de ideias neoliberais que foram impostas especialmente aos países em desenvolvimento.

O "Consenso do Rio" pretende ser uma proposta para toda a América Latina, cuja unidade é tida, pelos seus autores, como imprescindível para opor-se e superar a crise financeira global. Requião vai insistir com parlamentares da Argentina, Paraguai e Uruguai para que seus países aprofundem o debate e adotem as medidas sugeridas pelo "Consenso do Rio”.

O senador Requião informou ainda que vai levantar o tema das Malvinas nesta retomada do Parlasul: "Levantarei a bandeira sul-americana, sem guerra e sem violência, para a retomada das Ilhas Malvinas pela Argentina. As Malvinas, nas mãos da Inglaterra, em pleno século 21, é um resquício inaceitável de colonialismo”. As Malvinas, lembrou o senador, são reclamadas pela Argentina desde o século 19.

De Brasília
Com informações da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul