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Líder das Farc reitera urgência de pôr fim à guerra na Colômbia

O máximo chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleón Jiménez, reiterou nesta quinta-feira (9) a urgência de achar uma solução política e humanitária que ponha fim ao conflito armado interno.

Em uma mensagem dirigida aos que saíram ou não às ruas do país há poucos dias para exigir a solução do conflito, Timoleón sustenta que qualquer acordo humanitário pode abrir as portas a um diálogo pela paz na Colômbia.

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"Comovem-nos as reivindicações dos que saem à rua para exigir o intercâmbio humanitário, a solução política, o início o quanto antes das conversas", destaca.

“Ao contrário do que algumas pessoas doentes de ódio visceral pensam”, enfatiza, “não estamos morrendo de dar risada pela quantidade de manifestantes que participaram das marchas. Respeitamos muito esta pátria para isso”, afirma.

“Está claro que o mais intenso e palpitante anseio dos colombianos é a paz, enquanto da boca do presidente Juan Manuel Santos não brotam mais que ameaças de aprofundar a guerra”, manifesta.

Falam em paz; propagam a guerra

“E assim não pode ser”, acrescenta, “estamos seguros de que os milhões de colombianos atingidos pelo inverno, a negligência e a indiferença, não olham com bons olhos o crescimento da guerra”.

“É absurdo, mais de cinco milhões de deslocados, 200 mil assassinados pelos paramilitares. Uma cifra quase igual à de desaparecidos, além de centenas de fossas comuns, milhares de execuções extrajudiciais, e ainda pretende-se reforçar o fórum militar de impunidade, aponta.

Ao referir-se à recente morte de quatro prisioneiros em poder da insurgência, o líder guerrilheiro afirma que fica estremecido com esta crua realidade: "foram 14 anos conservando suas vidas no meio da hostilidade total do Estado. Almejávamos que saissem vivos", indica.

Por sua vez, expressa que estes quatro retidos representavam a esperança de que os guerrilheiros das Farc presos pelo governo fossem soltos.

"Retoma total urgência a expressão geral do clamor pela paz e a solução política, para frear em seco a perigosa irritação de quem gritam pela guerra total", conclui.

Fonte: Prensa Latina