Plebiscito contra a privatização das empresas paulistas é parte dos esforços para conscientizar a população sobre os impactos negativos, caso se concretize
Pesquisas apontam vitória do rechaço ao texto, mas ainda há 16% de indecisos. Empresariado financia campanha pesada contra constituintes.
Cada eleição presidencial tem uma história, mas há algo em comum em todas elas: existe um eixo que organiza a percepção da maior parte do eleitorado. As pesquisas têm mostrado que a questão econômica ganhou proeminência para o eleitor. Houve também o crescimento da preocupação com a temática social, ligada ao aumento da pobreza e da desigualdade. De todo modo, a marca de um pleito é mais ampla e diz respeito a um fator que interliga as questões. Neste sentido, a alma da disputa de 2022 será um plebiscito sobre o governo Bolsonaro.
Posse do presidente da República será dia 5 de janeiro, minorias terão voto em dobro no fundo partidário
Partidos da Oposição criticaram, em nota, nesta segunda-feira (20), a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) de retomar um julgamento sobre a possibilidade de o Congresso decidir a mudança do sistema político brasileiro sem a necessidade de consulta popular.
Após um mutirão de duas semanas pelos corredores e gabinetes da Câmara dos Deputados Federais, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos concluíram a campanha de coleta de assinaturas de parlamentares favoráveis ao Projeto de Decreto Legislativo que propõe um plebiscito para que os brasileiros se posicionem sobre a exploração do pré-sal.
Em matéria publicada pelo Jornal GGN nesta quarta-feira (24), o presidente do PT, Rui Falcão afirma que, ao contrário do que divulgou a Folha de S. Paulo, a cúpula do PT não rejeitou a realização de plebiscito sobre novas eleições, proposto em carta aberta pela presidenta afastada Dilma Rousseff.
A realização de um plebiscito para consultar a população brasileira sobre a realização de novas eleições presidenciais, sugerida pela presidenta eleita Dilma Rousseff, em carta enviada ao Senado, esta semana, foi defendida por diversos senadores.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lamentou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, tenha chamado de “brincadeira de criança” a proposta de convocação de plebiscito sobre a antecipação de eleições presidenciais. Para a senadora, a afirmação do ministro não leva em consideração as opiniões da maioria dos brasileiros.
Em mensagem dirigida à população brasileira e ao Senado, lida nesta terça-feira (16) durante pronunciamento no Palácio da Alvorada, a presidenta eleita Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com a democracia, denunciou o golpe contra seu mandato e defendeu a realização de um plebiscito para que o povo decida sobre uma eventual antecipação das eleições presidenciais.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que votou contra o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, é mais um que engrossa o coro em defesa da proposta de realização de um plebiscito para convocação de novas eleições diretas presidenciais, defendida pelo PCdoB. O senador acredita que somente a realização de novas eleições poderia reunificar o país.
A realização de um plebiscito para convocação de novas eleições diretas presidenciais, defendida pelo PCdoB, como “o único caminho para reunificar o país e recolocá-lo no rumo do desenvolvimento passa necessariamente pela consulta ao povo, pela soberania do voto popular e jamais pela violência de um golpe de Estado”, repercute entre os senadores que votam no processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.