Venezuela: Acusações de israelense servem a interesses ocultos
O governo da Venezuela rechaçou declarações feitas recentemente pelo vice-premier israelense, Moshe Yaalon, de que o país participava de conspirações para cometer atentados e atos terroristas.
Publicado 09/12/2011 13:21
O Ministério de Relações Exteriores venezuelano afirmou, por meio de um comunicado divulgado ontem, que estas acusações fazem parte de uma campanha "de agressão contra o povo venezuelano" que tem como objetivo "ecoar estas calúnias" pelos meios de comunicação internacionais, em especial dos Estados Unidos.
O texto oficial classificou as declarações do israelense como "abusivas e tendenciosas" acrescentando que elas vieram "do representante de um governo que participa de atos de terrorismo contra povos árabes".
A chancelaria destacou que seu país denuncia e repudia estes "planos de manipulação, que se valem de mentiras e calúnias para servir a interesses ocultos".
Segundo o documento, as declarações do vice-primeiro ministro de Israel foram feitas contra um povo "que protagoniza uma revolução pacífica, democrática e humanista, que jamais usou a força das armas para atacar nenhum povo, nem gerou mortes e destruição".
O organismo ainda ratificou sua relação com o "generoso governo e povo do Irã, que buscam a paz e o desenvolvimento".
As declarações de Yaloon foram feitas na última terça-feira, durante uma visita oficial realizada ao Uruguai. Segundo ele, o Irã esta criando uma "infraestrutura terrorista" na América Latina, com a conivência da Venezuela, para atentar contra os Estados Unidos, Israel e seus aliados.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por sua vez, respondeu ao israelense afirmando que estas acusações pretendem justificar uma agressão contra seu país. "Tudo isso faz parte das tentativas de colocar a Venezuela na lista dos países chamados fugitivos por eles para depois justificar qualquer agressão contra nós", concluiu na ocasião.
Fonte: Ansa