Belo Monte: quem manda no Brasil?

Segundo o cadastro do Ministério da Justiça, 27 ONGs estão autorizadas pelo governo a atuarem na Amazônia, em todos os estados pertencentes à chamada Amazônia Legal (AM, PA, RO, RR, MT, MS). Em todo o país, seriam 163 as organizações não governamentais autorizadas a realizar atividades em solo brasileiro. No entanto, segundo números levantados pelo Exército, há pelo menos 100 mil ONGs atuando somente na Amazônia.

Com base no vídeo produzido pelos globais contra a construção de Belo Monte, o vídeo abaixo denuncia o abuso por parte das ONGs e provoca: a quem interessa a estagnação do desenvolvimento brasileiro? Por que as ONGs estão tão interessadas em barrar Belo Monte? Por que não se vê o mesmo empenho contra os crimes ambientais promovidos na Europa e nos EUA, locais sede de muitas ONGs anti-Belo Monte?

Os números foram levantados pelo Exército em 2008 e tiveram ampla repercussão na mídia do país. A Secretaria Nacional de Justiça, a Polícia Federal e o Ministério da Defesa denunciam as ONGs por promoverem “desvio de recursos”, “autorizações dadas pela Funai para que estrangeiros entrem em reservas indígenas”, e terem “ligações com políticos, espionagem, superfaturamento e campanhas de internacionalização da Amazônia”. (Folha de S. Paulo, 8/7/2008).

Segundo publicado no Diário Oficial no dia 4 de julho, ou seja, por decreto pelo governo Lula, as ONGs poderão se cadastrar apresentando um “plano de trabalho” e estas mesmas poderão apresentar “quais são seus objetivos”, designar um “representante legal no Brasil com residência fixa em território brasileiro”, ter uma “prestação de contas” e um “certificado de regularidade”. (Agência Estado, 4/7/2008).

"Não é uma política para atingir as ONGs, mas prestigiar aquelas que prestam serviços relevantes, separando-as das que não trabalham adequadamente", defendeu o então ministro da Justiça, Tarso Genro, diante dos escabrosos dados de que há pelo menos mil vezes mais ONGs atuantes que as legalizadas.

A fiscalização, segundo a portaria, seria feita pela Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ou seja, quando se refere a fiscalizar, a lei indica os marcadamente corruptos Ibama e Polícia Federal, conhecidos como braços do latifúndio no campo, agindo conforme os interesses dos grandes proprietários de terras na Amazônia.

Da Redação, com agências