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Não às ameaças de agressão imperialista contra a Síria!

A tentativa dos EUA de manter a sua hegemonia mundial não transcorrerá de forma pacífica. O imperialismo estadunidense recorre cada vez mais às agressões armadas contra os povos. E a República Árabe Síria é o alvo do momento.

Não bastassem as três agressões em curso que os EUA e seus aliados europeus da OTAN patrocinam neste momento contra o Afeganistão (desde 2001), contra o Iraque (desde 2003) e mais recentemente contra a Líbia, agora trama-se de forma aberta uma agressão imperialista e tentativa de controle político da Síria.

Para isso, uma mesma estratégia vem sendo adotada, já usada no Iraque e na Líbia: estimula-se uma guerra civil com a participação de mercenários e com armamentos enviados desde o exterior forma-se um “governo de transição”, com sede no estrangeiro – neste caso em Londres e em Istambul, cujos membros “clamam por proteção humanitária”. Esse é um eufemismo para instrumentalizar a ONU e pedir ataques e bombardeios da OTAN contra um país soberano, no caso de agora a Síria.

Para isso, lançam mão de armas contrabandeadas, inclusive do arsenal líbio, fazem manipulações midiáticas grosseiras , escondendo as manifestações dos patriotas sírios nas ruas em defesa da soberania de seu país, usam até mesmo de um “relatório” produzido por um brasileiro que sequer entrou no país e ouviu apenas opositores ao governo sírio. Um relatório que acaba por clamar por ataques e agressões externas. Tudo isso, com o clamor da Secretária dos Direitos Humanos da ONU, Navy Pilay que adota o mesmo discurso “humanista”. A Liga Árabe, que condenou a Síria, é controlada e subjugada pelas petromonarquias do Golfo, sob o comando dos reinos pró-imperialistas da Arábia Saudita e Qatar.

Seguimos apoiando o povo e o governo da Síria na busca de uma solução negociada interna que preserve a independência e a soberania da Síria. Não aceitamos que diferenças internas nesse país venham a ter uma solução externa que agrida o povo e a soberania síria.

Entendemos uma possível agressão em curso contra a Síria como parte de um projeto de manter o controle do Oriente Médio pelos Estados Unidos. Mais do que isso, vemos a movimentação diplomática e mesmo de frotas navais como um claro sinal de possível ataque contra o povo da Síria na tentativa de instalar nesse país, com apoio externo como foi na Líbia, um governo fantoche do imperialismo norte-americano. O PCdoB considera importante que a Síria continue com posições nitidamente antiimperialistas e pró-povo palestinos, e que preserve a sua soberania e auto-determinação.

São Paulo 11 de dezembro de 2011.

Comitê Central do Partido comunista do Brasil – PCdoB