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Movimento estudantil chileno encerra ano com música e protesto

A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) fechará simbolicamente este ano com o "Concerto para os Povos", programado para a quarta-feira (14), em Santiago do Chile.

O recital acontecerá no Centro Cultural Chimkowe, da comuna de Peñalolén, e contará com a participação de reconhecidos artistas chilenos, como Juana Fé, Los Vásquez, Ana Tijoux e Illapu.

A mensagem central do espetáculo é enfatizar a continuidade da luta do movimento estudantil para mudar o modelo educacional, afirmou o porta-voz da Confech e presidente da Federação Mapuche, José Ancalao.

Ancalao lamentou, ao avaliar os mais de sete meses de mobilizações neste ano de 2011, que o governo nunca tenha demonstrado vontade real de dialogar nem de atender às demandas dos estudantes, apesar de estarem respaldadas por 80 por cento da população.

"Trata-se de uma administração estancada na lógica das soluções sociais dos 80; pensam que com mais Carabineiros [polícia] nas ruas vão solucionar os problemas", expressou o jovem representante da etnia mapuche.

Ele considerou, no entanto, que se conseguiu ao longo de 2011 avançar no plano das ideias, pois a população atingiu a consciência da necessidade de mudanças profundas no sistema educacional e na institucionalidade chilena.

Para esta semana, a Confech anunciou uma última mobilização do ano, focada na crítica à Prova de Seleção Universitária (PSU) [vestibular], requisito exigido desde 2003 para poder ingressar na educação superior nas chamadas universidades tradicionais.

O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Noam Titelman, opinou que a PSU é nefasta por seu caráter excludente.

"É impossível estudar se não se pode comer", comentou em alusão à enorme desvantagem com que se apresentam aos exames os adolescentes que proveem de famílias com baixos recursos. A referida jornada de protesto está anunciada para o dia 22 de dezembro.

Fonte: Prensa Latina