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Bachelet defende maior participação das mulheres na política

A ex-presidente do Chile e atual diretora-geral da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, defendeu nesta quarta-feira (14), na sede da entidade em Brasília, mecanismo que possibilite a ampliação do número de mulheres no parlamento e nas chefias de governo. Segundo ela, apenas 19% dos parlamentos no mundo são compostos por mulheres e 10% de chefes de governo.

Michelle Bachelet se reuniu com parlamentares da bancada feminina do Congresso Nacional quando defendeu a proposta do voto em lista fechada com alternância de sexo na reforma política, atualmente em discussão no Brasil.

Segundo ela, os países que adotaram esse sistema observaram crescimento significativo na participação feminina no parlamento. Ela citou como exemplos positivos o Uruguai e Argentina.

Presente ao evento, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), classificou de vergonhosa a atual representação brasileira no Congresso. Dos 513 deputados brasileiros, apenas 45 são mulheres e, no Senado, dos 81 parlamentares são 12 senadoras.

A senadora solicitou à diretora-geral da ONU maior intercâmbio com os parlamentos no mundo para ampliar o debate sobre “a mulher na política”. Ela ressaltou ainda que em muitos países, a exemplo do caso brasileiro, é preciso investir pesado no combate às desigualdades sociais, fundamental para resolver os problemas de gênero.

“Aqui no Brasil somos responsáveis pelo sustento de 40% das famílias e temos um nível de escolaridade superior ao dos homens, porém possuímos salários 30% inferiores aos deles”, protestou.

Da bancada do PCdoB, além da senadora Vanessa, estiveram presentes as deputadas federais Perpétua Almeida (AC), Jô Moraes e Luciana Santos (PE).

Da Redação