Os tempos que seguem nos exigem mais Política e mais Partido
Por Sérgio Danilo Miranda Rocha*
Publicado 15/12/2011 15:47 | Editado 04/03/2020 16:49

consciente com o movimento de massas.” (F. Engels)
É tempo de velhos mitos e decrépitas fórmulas serem reerguidas com vestimenta de novo, como cita o velho mestre Brecht. O movimento “espontâneo”(como se não houvesse trajetória histórica em qualquer evento que seja) e o “fazimento da agenda” no momento ( repetindo a velha cantilena da autossuficiência do movimento de massas), se decreta, mais uma vez, como os inúmeros fins que foram decretados nos últimos trinta anos, o fim da esquerda e de das organizações de luta do povo com trajetória e representatividade.
Para organizações originadas da cultura política dos comunistas, principalmente no trajeto histórico de nove décadas construídas do Partido Comunista do Brasil, são velhos chavões e receitas prontas já derrotas década após década, ciclo de lutas seguidos de novos ciclos de lutas. Mas, agora sob o tempo que foi nos dado viver e lutar esta geração de comunistas é chamada a dar combate com sua matiz e com a narrativa forte de seu tempo a essas tendências rampantes contra esses “neo-anarquismos e neo-niilismos”. Repor o patrimônio do marxismo e de sua refundação pelo leninismo no começo do século 20 é trazer para a arena a novidade, pois o estatuto da verdade contida nesta corrente não foi ultrapassado.
Aos combates que virão, escatologias e futurologias são inúteis. Mas a esse “espetacular patrimônio denominado movimento comunista” será reservado lugar de fonte irrecusável de guia contra dogmatismos e esquematismos e contra os cantos de sereias de velhas/novas tendências que no fundamental tendem ao irracionalismo e a fragmentação.
* Sérgio Danilo Miranda Rocha é historiador e membro do Comitê Estadual do PCdoB em Minas Gerais