Bancada Feminina exige justiça no caso Ceci Cunha
Em um ato político realizado na quarta-feira (14), no Hall da Taquigrafia, a Bancada Feminina da Câmara homenageou a deputada Ceci Cunha, assassinada no dia 16 de dezembro de 1998 em Alagoas, e pediu o julgamento dos acusado pelo crime. O caso tramita há 12 anos e continua sem solução apesar de decisão do Tribunal Regional Federal de que os réus devem ir à Júri Popular.
Publicado 16/12/2011 15:20 | Editado 04/03/2020 16:57
O momento contou com a presença da vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas, que falou sobre a importância de resgatar a história das parlamentares e da prioridade em não deixar impune a morte da colega. Ela anunciou a ida de um grupo de parlamentares à Maceió (AL), para um ato junto à população local exigindo justiça.
Ao final da manifestação as deputadas inauguraram um painel com fotografias de todas as mulheres que exerceram mandato na Casa desde 1933. A deputada Janete Pietá, coordenadora da Bancada Feminina, disse que esse é mais um esforço no sentido de valorizar a história da Bancada Feminina da Casa.
Para Luciana, que deve seguir com a comitiva para a capital alagoana, o ato marca uma posição importante das parlamentares no combate à impunidade e à violência contra a mulher. As deputadas repetiram a manifestação um pouco mais tarde, durante sessão em plenário.
Saiba mais
A deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), foi assassinada há 13 anos, em sua casa, supostamente a mando de seu suplente, o ex-deputado Talvane Albuquerque, que teve o mandato cassado pela Câmara por seu envolvimento no assassinato. O crime, do qual foram vítimas também o marido de Ceci e dois de seus parentes, teria sido cometido por assessores e seguranças de Albuquerque.
O júri popular está marcado para 16 de janeiro, em Alagoas, e atende a uma solicitação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que considera o crime um dos dez casos de impunidade que mais afetam a credibilidade do Poder Judiciário. Os filhos da vítima estão entre os principais mobilizadores para que o julgamento finalmente aconteça.
De Brasília;
Ana Cristina Santos
Foto: Beto Oliveira
Agência Câmara