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Aeroviários no Rio paralisam atividades; aeronautas fazem acordo

É grande o descontentamento dos aeroviários. No Aeroporto do Galeão, no Rio, cerca de 200 funcionários realizam piquete para chamar a atenção dos passageiros para a situação da categoria. Segundo o Sindicado Nacional dos Aeroviários, muitos não foram trabalhar hoje (22). Os trabalhadores se organizaram de maneira independente, sem atuação do sindicato, ignorando a determinação da Justiça de manter ativos 80% dos postos de trabalho.

Segundo a entidade sindical, os trabalhadores começaram o ato por volta das 17h. Pouco antes das 18h, a presidente do SNA foi acionada e chegou ao local para conversar com os grevistas.

Em todo país, são 10 mil aeroviários – que atuam no setor, em terra. Eles decidiram em assembleias realizadas em todo país, ontem e hoje, manter a paralisação, segundo Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários. A dirigente afirmou que a greve deve atingir também o aeroporto de Cofins (Belo Horizonte), Brasília e Fortaleza.

Em São Paulo, terminou sem acordo a audiência entre o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) e o Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, filiado à Força Sindical, que representa cerca de 30 mil trabalhadores nos aeroportos de Congonhas, Viracopos e outros no interior do estado.

O Snea manteve a proposta – aceita na última terça pelos aeroviários do município do Rio de Janeiro e do Amazonas – de reajuste salarial de 6,17%, exceto piso salarial, vale-refeição e cesta básica, que serão corrigidos em 10%. Além disso, seria criado piso para operador de equipamentos, no valor de R$ 1 mil.

Na reunião em São Paulo, no entanto, a proposta não foi aceita, e o sindicato pediu aumento de 8,5%. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Jonas Santana de Brito, propôs que as empresas chegassem a um reajuste de 7%, o que foi rejeitado pelos representantes do Snea.

Com isso, os trabalhadores farão, na segunda-feira (26), uma assembleia no aeroporto de Congonhas para avaliar se aderem à greve da categoria.

O desembargador Brito determinou, no entanto, que, caso a greve venha a ocorrer, 80% dos trabalhadores de cada setor deverão manter as atividades, seguindo determinação tomada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quarta-feira.

Aeronautas

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que reúne pilotos, copilotos e comissários, aceitou nesta tarde a proposta salarial das empresas aéreas, afastando a possibilidade de greve nacional da categoria neste fim de ano. Rio de Janeiro, Brasília e Belém já haviam aceitado a oferta dos patrões, mas dependiam da assembleia em São Paulo, que responde pela maior parte da categoria.

Os aeronautas aceitaram a contraproposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), de aumento salarial de 6,5%, com ganho real de 0,33% sobre a inflação, além de aumento linear de 10% para os pisos salariais, auxílio-alimentação e cestas básicas. A proposta também contempla os aeroviários, que trabalham em terra.

Da Redação, com agências