Mary e Max: amizade além da idade e raça

No amor e na amizade, os relacionamentos improváveis, ironicamente, são os que podem dar mais certo. É o caso de Mary e Max, dupla de personagens que dá título à animação do mesmo nome, premiada no Sundance Festival em 2009 e lançada em 2010.

Narra o encontro de duas pessoas de universos insólitos e existências sem aparente sentido: Mary Dinkle é uma solitária menina de oito anos que vive nos calmos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive no caos de Nova York.

Baseado em uma história real, a animação foi dirigida pelo premiado Adam Elliot e conta com o ator e diretor Philip Seymour Hoffman, “interpretando” a voz de Max.

Os personagens têm em comum o fato de acharem impossível viver num mundo em que são tão incompreendidos, mas descobrem uma forma de sobrevivência emocional ao enlaçarem os próprios destinos por meio de cartas e presentes trocados à distância ao longo de 20 anos.

Mary é perseguida desde a escola por sua aparência e atitudes. Tem pais malucos que a tratam como um ser de outro planeta e tudo isso a leva a questionar o amor e a possibilidade de um dia ter um namorado. Max tem uma doença que ninguém mais tem, incurável, vive enclausurado em casa.

A obra traz diversão e reflexões, principalmente, mostra que não há barreira de idade ou raça quando se trata de dividir dúvidas, carinho e, também, sofrimento. Mas com bom humor, sempre!