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Filme na China desperta paixões antes de visita de premiê

A história do Massacre de Nanquim de 1937, o tema do filme "The Flowers of War" de Zhang Yimou, é ensinada na China às crianças, e várias séries de televisão, documentários e livros garantem que o tema nunca saia da vista do público por muito tempo.

Quando Yoshihiko Noda, o primeiro-ministro do Japão, desembarcar na China no domingo (25), o filme deverá garantir que os chineses se recordem imediatamente dos brutais crimes cometidos no país durante a ocupação japonesa do país.

Desde sua exibição na semana passada, o filme, que traz o ator Christian Bale no elenco, vem atraindo enorme audiência e já arrecadou 200 milhões de iuanes (US$ 31,6 milhões) nas bilheterias até agora. O filme leva o público às lágrimas nas cenas mais contundentes.

A noite de estreia do filme aconteceu em um prédio do governo e ele foi escolhido como candidato da China para o Oscar de melhor filme em língua estrangeira, embora tenha recebido críticas mornas nos Estados Unidos.

O cineasta Zhang, que já produziu filmes audaciosos que desafiavam as convenções, repete e polemiza em "The Flowers of War", ao revelar sugestões sombrias de necrofilia e estupro masculino, além de cenas de violência gráfica.

"Que pessoas horríveis são os japoneses", disse o estudante Zhao Lan depois de ver uma sessão lotada em um cinema de Pequim. "Como eles podem ser tão loucos e furiosos!"

"Os soldados japoneses são horríveis e eu não entendo por que eles ainda não querem se desculpar por seus erros", criticou de forma mais consciente um homem que se identificou como Sun.

As tropas japonesas que invadiram e ocuparam a China massacraram 300.000 homens, mulheres e crianças em Nanquim, ao mesmo tempo que um tribunal aliado teria estimado que 142.000 chineses teriam sido trucidados na cidade.

Com agências