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China opõe-se a plano da UE contra emissões de CO2

A China declarou-se nesta quinta-feira (21) hostil à "legislação unilateral" da União Europeia (UE) que planeja obrigar as companhias aéreas, inclusive as estrangeiras, a comprar cotas de CO2 para seus voos no território do bloco europeu.

"Nos opomos à legislação unilateral imposta pela UE", declarou Liu Weimin, porta-voz da chancelaria chinesa.

A China "espera que a UE atue com prudência adotando uma posição pragmática graças a consultas adequadas com China e as outras partes", completou Liu.

Em 2008, a UE decidiu obrigar todas as companhias aéreas, incluindo as estrangeiras que passarem por seu território, a comprar o equivalente de 15% de suas emissões de CO2 a partir de 1º de janeiro de 2012, com o objetivo de combater o aquecimento global.

A Corte Europeia de Justiça considerou na quarta-feira que a obrigação de comprar cotas de CO2 está de acordo com o direito internacional e rejeitou os argumentos de companhias aéreas americanas que apresentaram um recurso.

Esta medida da UE ameaça desatar uma guerra comercial com Estados Unidos e China.

Os Estados Unidos disseram na quarta-feira ter "fortes objeções" quanto à nova política da União Europeia de limitar as emissões de dióxido de carbono (CO2) dos aviões em seu espaço aéreo, e assegurou que analisa formas de resolver o diferendo.

A agência Xinhua afirmou em um comentário publicado nesta quinta-feira que a medida europeia assemelha-se a um "protecionismo verde".

Esta legislação "avança sobre as soberanias nacionais, viola os tratados aéreos internacionais e terminará em uma guerra comercial na indústria aérea", disse a agência oficial.

Um responsável da Associação Chinesa de Transporte Aéreo (Cata) pediu ao governo que tome "medidas de retaliação" comercial, informaram jornais estatais.

No fim de setembro, a China já tinha se declarado hostil "à aplicação pela força da UE de uma legislação unilateral". Pequim também ameaçou a UE com retaliaçõs comerciais, particularmente contra a fabricante de aeronaves Airbus.

Fonte: AFP