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Paquistão rejeita informe de EUA e Otan sobre ataques aéreos

O exército paquistanês rejeitou nesta sexta-feira (23) a investigação realizada pelos Estados Unidos e pela Otan sobre o ataque aéreo que matou há um mês 24 soldados paquistaneses, e afirmou que o defeito do é "falta de conteúdo".

"O exército paquistanês não está de acordo com as conclusões da investigação realizada pelos Estados Unidos e pela Otan publicadas pela imprensa. Falta conteúdo no informe de investigação ", segundo um comunicado militar.

Segundo este relatório, tanto as tropas americanas quanto as paquistanesas cometeram uma série de erros que levaram ao "trágico" ataque dos Estados Unidos contra soldados paquistaneses.

O exército paquistanês, no entanto, não dará sua versão oficial até que receba "o informe oficial".

"A investigação revelou que uma série de erros foram cometidos por todas as partes, o que resultou em um fracasso para coordenar as localizações e ações (dos soldados), tanto antes quanto durante a operação", afirmou a Otan neste informe.

A Aliança Atlântica descartou também que os soldados paquistaneses tenham sido tomados como alvo "de maneira involuntária" e considerou que o ataque foi "legítimo".

O Paquistão ordenou uma investigação após o ataque no dia 26 de novembro contra um posto de controle militar do Paquistão, que deixou 24 mortos.

As relações entre Islamabad e o Ocidente encontram-se deterioradas desde esse dia. Pressionado pela opinião pública, o Paquistão tomou uma série de medidas de represália, como impedir a passagem dos comboios de abastecimento da Otan em território paquistanês. Uma medida que segue em vigor.

O departamento de Estado americano afirmou, por sua vez, que uma falta de coordenação provocou o incidente.
Os Estados Unidos realizam ataques sistemáticos na fronteira do Paquistão com o Afeganistão, muitos pelos aviões não tripulados “drones”, que causam a morte de civis. Esses ataques fazem parte da chamada guerra ao terrorismo, que os Estados Unidos e a Otan levam a efeito praticando atos de terrorismo.

Com agências