Uso de força contra indignados nos EUA será investigado
Ex-policiais investigarão o uso da força por parte de efetivos da cidade de Oakland, nos Estados Unidos, para reprimir duas manifestações realizadas pelos indignados, que continuam se mobilizando para exigir melhorias á classe trabalhadora.
Publicado 22/12/2011 19:16
O trabalho, que levará alguns meses, se concentrará na atuação de policiais que utilizaram gases lacrimogêneos contra um protesto do movimento Ocupe Oakland em 25 de outubro. A maneira como a polícia atuou foi bastante criticada.
Assim mesmo, serão analisadas as condições em que se pôs fim a uma ação dos ocupantes que derivou na paralisação momentânea das operações em vários terminais portuários, 2 de novembro.
Tom Frazier, ex-comissário de Baltimore, liderará a equipe de investigação, formada por outros três ex-agentes da ordem, relatou o diário Huffington Post.
Os especialistas analisarão vários pontos que incluem o uso da força, cumprimento das normas do Departamento de Polícia, táticas utilizadas, programas de ajuda com outros escritórios, procedimentos de detenção em massa, planejamento de operações e processo de admissão de queixas.
Várias manifestações pacíficas de indignados, levadas a cabo em diferentes cidades deste país nortenho, têm sido reprimidas mediante a violência, utilizada para evacuar alguns de seus acampamentos.
O movimento surgiu em 17 de setembro para se opor ao sistema financeiro e à crise imperante. Demandam, desde então, ao governo nacional aplicar leis a favor da classe trabalhadora, a mais afetada pela desaceleração.
Com o nome Ocupemos Wall Street (OWS), o grupo estendeu-se por todo o país e adotou o nome da cada uma das localidades onde se estabeleceu, a fim de fazer um chamado para um por cento da população que acumula as riquezas da nação.
Manifestações, vigílias, ocupações de escritórios federais, feiras comunitárias e protestos contra o consumismo, as deportações e a crise hipotecária, entre outros males que atingem os estadunidenses, são algumas das ações desenvolvidas pelos grupos.
A força de OWS ultrapassou as fronteiras e chegou ao Canadá, onde também foram criados "movimentos de ocupação", como são identificados, ao mesmo tempo em que várias personalidades religiosas e do mundo da arte apoiam suas causas.
Desde 25 de novembro, o movimento leva a cabo em todo o território a campanha Ocupemos o Natal, para gerar consciência da importância de se ajudar uns a outros, não pensar em interesses individuais e demonstrar os danos causados pelo consumismo.
Fonte: Prensa Latina