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Economia mundial está em situação perigosa, admite FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, admitiu neste domingo (26) que a economia mundial está em uma situação muito perigosa.

Em entrevista para o Journal du Dimanche, Lagarde, que também é ex-ministra de Finanças da França, exigiu que os líderes da União Europeia (UE) acelerem a aplicação das medidas adotadas na cúpula realizada neste mês.

Segundo Lagarde, seria útil que os europeus anunciassem um calendário simples e detalhado sobre a marcha dos acordos.

Durante a cúpula dos dias 8 e 9 de dezembro, os chefes de Estado e de governo da UE acordaram endurecer as sanções para as nações incapazes de manter seu déficit abaixo de 3% ou que modifiquem o teto permitido para o endividamento público.

Também se comprometeram a reforçar o FMI com 200 bilhões de euros para que esse organismo participe do resgate de economias em risco, sempre condicionado a severas medidas de ajuste.

A diretora-gerente do FMI declarou que a crise afeta também os Estados Unidos e os países emergentes e anunciou que a taxa prevista de crescimento da economia mundial será rebaixada.

O FMI impulsionou, desde os anos 1990, políticas neoliberais que aumentaram a pobreza, frearam o crescimento econômico e debilitaram a capacidade de reação dos governos para enfrentar a crise global, desatada em 2008.

Prensa Latina