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Gabrielli: Petrobrás não sentirá efeitos da crise econômica

O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, declarou que a atual crise financeira não afeta a indústria do petróleo e a Petrobras. Em reunião entre os diretores da empresa e jornalistas, na semana passada, no Rio, ele disse que “a maioria das empresas de petróleo do mundo está aumentando os investimentos para 2012”.

Ele lembrou que, apesar da crise, a demanda absoluta por combustíveis está crescendo no mundo. Embora o mercado de derivados de petróleo tenha diminuído em países europeus, nos Estados Unidos e no Japão, o crescimento dos mercados chinês, indiano, latinoamericano (incluindo o Brasil) e africano tem compensado essa diminuição e aumentado a demanda mundial total.

“Não podemos negar a existência de uma crise financeira nos principais centros financeiros desenvolvidos no mundo. Mas hoje fica clara essa dicotomia entre a indústria de petróleo e a demanda que essa indústria recebe, de maneira consistente, e o restante da economia”, complementou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Companhia, Almir Barbassa.

A venda de gasolina no mercado interno cresceu 23,2% até novembro deste ano, na comparação com 2010. O mercado brasileiro total de derivados líquidos cresceu, no mesmo período, 11%, anunciou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

O crescimento na venda de gasolina em 2010 foi de 18% em relação a 2009. Este ano, até novembro, o crescimento da demanda por esse derivado foi de 23,2% em relação ao ano anterior. “Quando falamos esse número em seminários fora do Brasil, ninguém acredita, acham que é 2,3% e não 23%”, comentou o diretor.

As vendas de diesel cresceram 9,3% este ano em relação a 2010. E a demanda de gás natural em 2011 no segmento industrial foi de 40 milhões de m3/dia e a previsão é crescer 4% no próximo ano.

Mais conforto

Barbassa explicou também que, de acordo com o Plano de Negócios 2011-2015 (US$ 224,7 bilhões), a Companhia precisa captar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões por ano, em média, para realizar os investimentos previstos. “Quanto incluímos as amortizações (nessa conta), a necessidade é captar entre US$ 12 bilhões e US$ 18 bilhões anualmente. Captamos, portanto, volume que nos dá mais conforto para implementar o plano”.

Segundo ele, o mercado de capitais doméstico também teve participação nessas captações. “Estamos, no Brasil, caminhando na direção certa, diminuindo a taxa de juros, tornando esse mercado mais acessível, mais conveniente e mais atrativo”.

Segurança em primeiro lugar

Trabalhadores da Petrobras que estejam na frente operacional têm autorização e a recomendação de parar a produção de petróleo ou a perfuração de poços quando houver mínimo risco à segurança, garante o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella. “Isso distingue a Petrobras entre muitas empresas de petróleo no mundo”, explicou.

“Não nos preocupamos com o tempo de duração de perfuração do poço. É claro que, com procedimentos mais rígidos, a perfuração do poço pode levar mais tempo. Mas não há nada mais importante para nós do que a segurança”, afirmou o diretor.

“A empresa vem, desde sempre, insistindo e investindo na prevenção (de acidentes). No ano passado, criamos uma gerência executiva de construção de poços marítimos. A prevenção, com a análise de risco, vem desde a concepção do projeto de poço”, ressaltou o diretor.

Estrella também lembrou que a Companhia assinou termo de compromisso com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para propiciar condições de verificação e fiscalização in loco de todas as unidades da Petrobras ao longo de 2011.

De Brasília
Com informações da Petrobras