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Ahmadinejad inicia na Venezuela giro pela América Latina

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chegou na noite deste domingo (8) à Venezuela, no inicio de um giro oficial pela América Latina que inclui Nicarágua, Cuba e Ecuador, informou a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). Chávez recebe Ahmadinejad na manhã desta segunda-feira (9). No final da visita, durante a tarde, haverá uma coletiva de imprensa. O mandatário persa foi recibido pelo vice-presidente venezuelano, Elias Jaua Milano, no aeroporto Internacional Simón Bolívar, en Maiquetía.

A delegação de Ahmadinejad é composta de aproximadamente 100 pessoas.
Acompanham o presidente iraniano os ministros de Assuntos Exteriores, Ali Akbar Salehi; de Comércio, Indústria e Minas, Mehdi Gazanfari; de Energia, Majid Namju, e de Economia, Seyed Shamsedin Hoseini.

A República Bolivariana da Venezuela e a República Islâmica do Irã mantêm acordos econômicos de cerca de US$ 5 bilhões, assim como convênios para estabelecer em terras venezuelanas fábricas de cimento, satélites, alimentos, tratores e bicicletas.

Igualmente mantêm acordos estratégicos nas áreas de habitação, manufatura e energia.

O presidente persa esteve na Venezuela em novembro de 2009, quando ambas as nações assinaram 68 projetos de cooperação bilateral em matéria de agricultura, indústria, comércio e energia.

Naquela ocasião foi inaugurado o Fundo Único Binacional Irã-Venezuela, para estimular a produção e o investimento entre ambas as nações.

Em outubro de 2010, Chávez viajou a Teerã, onde assinou com Ahmadinehad 11 documentos de entendimento e cooperação em matéria de petróleo, energia, indústria e comércio.

Em seu programa de rádio e TV “Alô presidente”, no domingo, Hugo Chávez se referiu ao encontro com o seu colega iraniano, afirmando que os dois países não são “ameaça para ninguém”. “Só temos direitos e somos soberanos", disse Chávez.

O governo dos Estados Unidos tenta desacreditar os governos que mantêm relações com o Irã. Em dezembro de 2011, o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que a cooperação entre Caracas e Teerã – que tem permitido, entre outras coisas, acelerar a construção de habitações no país sul-americano e a promoção da indústria – "não é benéfica".

Paralelamente, a ultradireita estadunidense, encabeçada pela congressista Ileana Ros-Lethinen, qualificou como "ameaça" o giro de Ahmanejad pela região, chamando de "tiranos" os presidentes que o receberão e conclamando a "conter" qualquer relação estabelecida por Teerã.

"Nossas relações com os países da América Latina são muito boas e se desenvolvem. A cultura dos povos dessa região e suas exigências históricas se assemelham às demandas do povo iraniano", manifestou Ahmadinejad ao deixar Teerã, segundo a agência noticiosa iraniana Irna.

"Trata-se de povos que têm um pensamento anticolonialista. É por isso que eles resistem diante do regime da opressão", agregou.

O Irã tem sido alvo de sanções econômicas devido ao seu programa nuclear e atualmente a União Europeia (UE) não descarta um embargo petrolífero. Este tema será analisado no Conselho de Ministros de Assuntos Exteriores da UE, que se realizará em 30 de janeiro.

Com agências AVN e Irna