Sem categoria

EUA: arte de patriota cubano fura o cerco da mídia 

A Federação Americana de Professores de Seattle, estado de Washington, anunciou nesta quarta (11) que promoverá uma exposição de pinturas de Antonio Guerrero, um dos cinco patriotas cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998. O evento tem como um dos objetivos apresentar à comunidade a real situação dos cubanos e não do modo distorcido ou omisso como ela vem sendo tratada na imprensa.

Por Christiane Marcondes*

A abertura da mostra "Desde mi Altura" será nesta quinta (12) à tarde na galeria M. Rosetta Hunter, situada no campo principal do Seattle Community College, anuncia a organização em sua página digital.

A exposição estará aberta ao público até 10 de fevereiro.

O evento está acompanhado de uma ampla divulgação nos quatro campi da universidade e serão efetuadas várias atividades na galeria, explica o comunicado da federação.

A seção local do Comitê Nacional para a Libertação dos Cinco Cubanos proverá materiais de leitura na recepção e durante a exibição, enquanto o Conselho Central Trabalhista Martin Luther King, que representa 130 sindicatos locais divulgou o evento entre seus cerca de 75 mil membros.

Os Cinco Heróis Cubanos, como internacionalmente conhecidos, são René González, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Fernando González, que enfrentam injustas condenações.

René, o primeiro a cumprir a sentença, deverá permanecer em território norte-americano outros três anos, sob liberdade supervisionada.

"Ferir um é ferir todos"

Esta exposição é uma importante maneira de romper a censura que os meios de comunicação têm empreendido contra a luta pela liberdade dos Cinco durante 13 anos, expressa a convocação.

"Estamos muito entusiasmados por levarmos a arte de Antonio à comunidade com a poderosa mensagem de suas pinturas e podermos, assim, contar a história dos cinco cubanos", expressou Ken Matsudaira, diretor da galeria e curador da mostra.

"Esperamos que, quando os visitantes tomarem conhecimento da história dos Cinco, eles mesmos busquem maneiras para se fazer justiça se for o caso", assegurou John Martínez, organizador da exposição e membro do Comitê de Direitos Humanos e Civis da Federação Americana de Professores.

O ativista explicou que, ao votar para patrocinar a exposição, a junta executiva do sindicato se baseou no princípio de "ferir um é ferir todos".

A organização reconheceu a natureza dolorosa das violações de direitos humanos e civis contra os antiterroristas cubanos e a urgência de educar mediante a exposição seus membros, pessoal da universidade e o público em geral a respeito desta situação.

"Antonio foi transferido da prisão de Florence, na sexta-feira 6 de janeiro, para o Centro Penitenciário de Oklahoma, quiçá no "buraco" (unidade de confinamento) como todas as vezes anteriores que teve que passar por essa prisão de trânsito", denunciou María Eugenia, irmã do antiterrorista.

Dias antes de sua transferência atual, Guerrero agradeceu a Matsudaira e a Martínez seu apoio aos Cinco, assim como o cuidado e divulgação de suas pinturas.

Em dias recentes, a Seção de Interesses de Cuba em Washington e o Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco, presos nos Estados Unidos em 1998, denunciaram um editorial do jornal The Washington Post que tergiversa os fatos relacionados ao processo dos patriotas cubanos.

*com informações da Prensa Latina