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Entidade secundarista condena violência de estudantes no ES

A União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (Ueses) condenou, hoje (13), a postura violenta de alguns estudantes de Vitória, durante os protestos que ocorrem desde o início desta semana contra o reajuste da passagem de ônibus. Nesta sexta-feira, os estudantes de Vitória realizaram nova manifestação interditando avenidas da capital. Não houve registro de novos confrontos.

Para o presidente da Ueses, Marcos Paulo Silva, as manifestações que resultaram até em um ônibus incendiado, na quarta-feira 911), criminaliza o movimento estudantil e distancia a população que, prejudicada, passa a não apoiar a causa, que é justa.

"É uma pauta de reivindicação justa e histórica do movimento estudantil, inclusive. Mas a forma como está sendo conduzida é equivocada. Eles se recusam a sentar e dialogar com o governo, que abriu espaço para nós (estudantes) no ano passado, quando conquistamos mais uma cadeira no conselho gestor. Essas mobilizações estão fazendo com que a socieade fique contra os estudantes", declarou Marcos Paulo ao Vermelho.

Ele se refere ao Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN/GV), que decide sobre os reajustes. Até o ano passado, havia somente uma cadeira para os estudantes, que se revezavam. Ssegundo Marcos Paulo, os estudantes secundaristas foram os únicos no conselho a se posicionarem contra o reajuste.

Em Vitória, o transporte de ônibus é controlado pelo Governo do Estado. Os manifestantes querem, além da reduação imediata das tarifas de ônibus, mais transparência nos gastos e melhorias no transporte público e que a Assembleia Legilativa do estado retome a CPI da Companhia de Transportes Urbanos (Trascol), que opera o sistema metropolitano de transporte coletivo.

Até agora, o movimento não conseguiu de fato dialogar com o governo. Segundo o secretário estadual de Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, nenhum representante do grupo procurou a pasta. Por outro lado, são os manifestantes que dizem esperar um contato do governo. Neste quarto dia de protesto, mais de 80 pessoas interditaram avenidas na capital e fizeram roleta livre no coletivos.

da redação, com agências