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Aos 74 anos, morre o diretor de teatro Fernando Peixoto

O diretor teórico e ator gaúcho Fernando Peixoto faleceu neste domingo, aos 74 anos. O corpo do diretor, que foi internado devido a um câncer no intestino em dezembro do ano passado, no Hospital São Luiz, em São Paulo, está sendo velado no cemitério da Vila Mariana. A cremação será amanhã, às 11h, no crematório de Vila Alpina, em São Paulo.

Fernando Peixoto

O ministro interino da Cultura, Vitor Ortiz, divulgou uma nota em solidariedade aos familiares, amigos e admiradores de seu trabalho.

“O Brasil acaba de perder um dos maiores pensadores de teatro, o diretor, ator, escritor e professor Fernando Peixoto. Suas reflexões sobre o teatro internacional e sua contribuição ao teatro brasileiro na segunda metade do século 20 foram fundamentais. Ele manteve até o fim da vida a relação de apoio e orientação aos novos atores, diretores e grupos. O Ministério da Cultura sente profundamente esta perda”, lamentou Ortiz.

Um dos fundadores do Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso Martinez e Renato Borghi, Peixoto participou de montagens como O rei da vela, Galileu Galilei e Na selva das cidades, por exemplo. Também trabalhou com Augusto Boal, além de ter sido um dos maiores tradutores da obra de Bertold Brecht, no Brasil. No cinema, atuou na adaptação de Eles não usam black-tie e O beijo da mulher aranha, de Hector Babenco.

A atuação cultural de Fernando sempre esteve ligada à sua ideologia. Além do teatro e do cinema, ele participou como crítico de arte em jornais alternativos como o Movimento, e foi por muitos anos militante do Partido Comunista.

Com agências