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Mais três pessoas são resgatadas com vida do navio naufragado 

Após mais de 24 horas do naufrágio do navio Costa Concórdia na costa da Toscana, próximo à ilha de Giglio, na Itália, outros três sobreviventes foram resgatados neste domingo. Equipes de resgate continuam vistoriando cabine por cabine para tentar encontrar as cerca de 40 pessoas ainda desaparecidas.

O capitão do barco, Francesco Schettino, e seu assistente, Ciro Ambrosio permanecem detidos. Eles foram presos nao sábado acusados de homicídio culposo e de terem abandonado a embarcação quando muitos passageiros ainda se encontravam na embarcação.

Dois dos sobreviventes resgatados são um casal de sul-coreanos em lua de mel. Os jovens Hye Jim Jeong e Kideok Han, ambos de 29 anos, passaram 24 horas no camarote de número 303 no oitavo andar do navio, que havia zarpado para um cruzeiro no Mediterrâneo. Ambos impressionaram pelo bom estado físico. A embarcação encontra-se meio submersa após ter batido em um chão de pedras e aberto um buraco de 70 metros no casco.

O terceiro sobrevivente foi identificado como Marrico Giampetroni, tripulante do navio, que também está em boas condições de saúde.

O casal sul-coreano disse que não conseguiram se fazer entender e que não haviam visto nem ouvido outras pessoas próximas durante as 24 horas em que permaneceram dentro do navio.
Os jovens haviam embarcado na noite anterior no porto de Civitavecchia. ambos foram levados para a ilha de Giglio onde foram submetidos a uma revisão médica.

O Costa Concordia, que transportava mais de 4 mil pessoas, a maioria de italianos, franceses e alemães. O Itamaraty confirmou que 53 brasileiros estavam a bordo. Todos foram resgatados e passam bem. O balanço confirmadfo é de três mortos e o número de desaparecidos oscila entre 40 e 60.

Enquanto as buscas por sobreviventes continuam, aumentam as especulações sobre o motivo pelo qual a embarcação se aproximou tanto da costa e as queixas pela demora em retirar os passageiros. Pela rota estabelecida, o Costa Concordia deveria ter passado a nove quilômetros da ilha de Giglio, mas estava a um quilômetro quando encalhou. Segundo o promotor Francesco Verudio, depois da prisão do capitão a investigação pode ser ampliada. "Estamos investigando a possível responsabilidade de outras pessoas pela manobra perigosa. Os sitemas de mando não funcionaram como deveriam",   disse.

A Costa Cruzeiros, operadora do Costa Concordia, disse o navio seguia sua rota habitual quando se deparou com uma rocha submersa. Em entrevista à TV, o capitão Schettino disse que a rocha não aparecia nas cartas marítimas da região.

O presidente da operadora, Gianni Onorato, por sua vez, afirmou que o capitão não realizou nenhuma manobra com o objetivo de proteger os hóspedes e a tripulação, o que ficou ainda mais complicado com a inclinação do navio.

Depois de uma operação noturna na sexta-feira e sábado, com helicópteros, barcos e botes salva-vidas, muitos passageiros abandonaram a região e foram levad so aeroporto de Roma para que pudessem retornar às suas casas.

Em 2008, esse mesmo navio se envolveu em um acidente ao bater no muro de um porto quando atracava.

Com agências