Enfermeira Rejane fala sobre as eleições do Coren-RJ

A Deputada Estadual, Enfermeira Rejane (PCdoB/RJ), que é protagonista na luta pela categoria da enfermagem, e que já conquistou grandes vitórias para os profissionais da área, escreveu um artigo sobre as eleições do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ), em que a parlamentar apoia e ajuda a construir a Chapa 1. O pleito ocorrerá nesta quarta-feira, dia 18 de janeiro.

A quem interessa não ter eleição?

Após anos sem eleições democráticas no Coren-RJ, verifica-se que grupos de oposição ainda atuam contra esse processo no Rio de Janeiro.

Já era hora desses grupos virem a público expor suas idéias e programas. Participar de um debate, onde a categoria pudesse se manifestar participativamente desse momento histórico.

Esses grupos preferem se omitir a fazer o bom debate político que, certamente, seria muito útil para categoria.

A posição de "vítimas" parece ser mais confortável para eles que não conseguem apresentar um trabalho concreto para a classe da Enfermagem.

Fazer acontecer a eleição é uma conquista, num órgão que sempre preferiu o uso da força autoritária que inibia qualquer manifestação a qualquer concorrente opositor.

Assim, pensamos que reconstruir o processo eleitoral faz parte da reconstrução da história maior, da história institucional e mesmo da história de uma categoria oprimida num estado onde o medo inibiu a maioria, impedindo-a de gestar as suas próprias lideranças.

Portanto, a história deve retratar o compromisso maior dos que vierem a vencer a eleição com as causas coletivas, superando os interesses individuais.

Mudar é preciso. O primeiro passo foi dado, mas ele precisa se consolidar por um dos processos básicos da democracia, que é a eleição.

Contudo, é preciso mais que isso. É preciso caminhar para mudanças concretas para garantir e valorizar o ato eleitoral, atitude que os grupos da oposição preferem não fazer, como se apostassem apenas em suas bravatas e recursos judiciais.

Os profissionais da Enfermagem do estado do Rio de Janeiro sabem perfeitamente que só o processo participativo pode garantir um futuro ainda mais afirmativo e força de representação para seu Conselho de Classe. Talvez seja este o maior medo de alguns concorrentes do processo em curso.

Engano pensar que esta categoria está vedada aos problemas externos que ocorrem na sociedade em geral. Ledo engano, pois o que está lá fora, também está aqui dentro. E a Enfermagem sente esta verdade com muito sofrimento.

Por isso, o oportunismo se aproveita desse momento para inibir as mudanças, frear o avanço que engrandece e fortalece a Enfermagem, para vender a ilusão da conquista fácil, para pregar promessas inviáveis, usando a emoção dos desavisados, para investir na denúncia vazia e na vingança pessoal. Pregam o divisionismo da classe, o enfraquecimento das ações coletivas, semeiam a discórdia e a desunião.

Nessa historia não há mais espaço para retrocessos. O que vale é o cultivo da solidariedade, a generosidade, a possibilidade de fazer todos crescerem juntos.

Quanto ao debate claro, edificador e transparente, esse sim seria mais favorável a todos, porque, enfim, quem não pode retroceder é a Enfermagem Fluminense.

Deputada Enfermeira Rejane