A pretexto de criar agenda positiva, reitor da UFPI mente

O ataque midiático do reitor, esta baseado no falseamento da verdade.

Professor Mário Ângelo - adufpi
A pretexto de criar agenda positiva, reitor da UFPI mente, desdenha e agride professores

Neste domingo (15/01/2012), setores da imprensa piauiense voltaram a publicar releases da assessoria do reitor da UFPI, dando prosseguimento a uma estratégia com a qual o principal gestor da maior e mais importante instituição de ensino superior no Piauí procura confundir a opinião pública e esconder o mar de lama em que está envolvido.

Depois de utilizar indevidamente o nome do Tribunal de Contas da União para tentar convencer que “todas as denúncias” contra ele foram arquivadas, o reitor, a pretexto de dizer que sua gestão seria “uma vitrine para o nordeste”, atacou ao presidente da ADUFPI e, por extensão, a todos os profissionais que atuam no Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (PARFOR). Numa evidente demonstração de que não está à altura do cargo e que confunde a UFPI com uma propriedade sua, o reitor procurou desqualificar a atividade docente do presidente da ADUFPI junto ao PARFOR, sob a alegação de que, sendo algo “seu”, dele não poderiam participar aqueles que contrariam as práticas autoritárias e patrimonialistas do reitor.

O ataque midiático do reitor, esta baseado no falseamento da verdade. Isto exige pronta resposta e esclarecimento que restaure a verdade dos fatos. É por essa razão que vimos a público para reafirmar o que segue:

1. NENHUM dos processos contra o reitor tem qualquer relação com as prestações de contas que ele alega terem sido aprovadas. Ele é RÉU em mais de uma Ação Civil Pública por Improbidade, na Justiça Federal, é ACUSADO em sete Processos Administrativos Disciplinares em trâmite no MEC e responde a vários Inquéritos Policiais na Polícia Federal. Além disso, mesmo não tendo o TCU nenhuma relação com os processos, ao dizer que as contas da UFPI dos exercícios de 2005 a 2009 foram aprovadas o reitor omite dolosamente a verdade. TODAS FORAM RESSALVADAS e as ressalvas dizem respeito justamente ao reitor e aos seus auxiliares mais próximos. Tais ressalvas estão, hoje, no âmbito do Ministério Público Federal e certamente pretextarão novas ações por improbidade contra o reitor;

2. Além de falsear a verdade, o reitor tenta apresentar como suas realizações que nada tem a ver com sua desastrada gestão. O PARFOR, por exemplo, é uma política pública federal resultante da resolução 13/2010 do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Todos os professores que atuam no Programa o fazem de forma legal e legítima, em sintonia com aquilo que está preconizado nos Artigos 211 e 214 da Constituição Federal, nas Leis 10.172/2001 e 11.947/2009 e em varias resoluções do MEC. Ao invés de ser um favor do reitor, como o mesmo tenta fazer parecer, a atuação no PARFOR é uma atividade cidadã com a qual todos aqueles e aquelas que atuam no programa cooperam para a organização dos sistemas de ensino pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados e pelos Municípios, com a finalidade de elevar o nível da qualidade do ensino no País;

3. Ao publicizar que os pagamentos aos professores participantes do PARFOR na UFPI são feitos através da FADEX, sobre a qual já paira um espectro de corrupção, o reitor confessa mais um desvio de conduta, pois a resolução do CD/FNDE que criou o Programa estabelece, na alínea “A” do Inciso III do Artigo 4, que esta é uma atribuição exclusiva do FNDE e da CAPES, cabendo à IES, em relação a isso, apenas “encaminhar à CGDOC/DEB/CAPES a relação dos coordenadores e professores-pesquisadores participantes dos cursos do PARFOR, 30 (trinta) dias antes do início de cada semestre letivo”.

4. Acrescente-se que com o avanço midiático o reitor procura atribuir à oposição algo que é responsabilidade exclusivamente sua: fragilizado politicamente, o que o levou a abdicar de apresentar candidato nas eleições da ADUFPI, algo inédito nos trinta e dois anos da instituição, o reitor fulaniza e leva ao extremo da politização mais rasteira a sua gestão, tudo para tentar evitar uma derrota, cada vez mais certa, nas eleições para reitor que se avizinham. O reitor sabe que de sua derrota decorrerá a abertura da caixa preta em que se transformou a UFPI e, por consequência, na imputação de responsabilidades civis e criminais a todos aqueles que atuaram com desvio de conduta.

Teresina, 17 de janeiro de 2012.

Mário Ângelo de Meneses Sousa
Presidente da ADUFPI