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Parece piada: “Argentina é colonialista”, diz Cameron

O primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, acusou nesta quarta (18) a Argentina de “colonialismo”, em um novo episódio da guerra dialética que ambos os países mantêm pela soberania das Ilhas Malvinas, sob domínio britânico desde 1833

“O ponto chave é que nós defendemos o direito dos habitantes das ilhas de continuarem a ser o que são e os argentinos, em minha opinião, estão sendo muito mais colonialistas porque não percebem que o que esta população quer é seguir sendo britânica, embora a Argentina deseje coisa diferente”, declarou Cameron na sessão aberta semanal na Câmara dos Comuns.

As tensões entre Argentina e Reino Unido se acirraram desde que os países do Mercosul e associados firmaram em dezembro uma declaração que estabelece a proibição de entrada nos portos sul-americanos de navios com bandeiras das Ilhas Malvinas, em apoio a uma reivindição da Buenos Aires.

Interrogado por um deputado conservador que “deplorou as recentes ações do governo argentino, Cameron explicou que o tema das Malvinas foi abordado recentemente em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.

“Estou decidido a que nos asseguremos de nossas defesas e do que mais for preciso para resolver a questão”, especificou o primeiro ministro.

A disputa pela soberania provocou em 1982 uma guerra de 74 dias nas Malvinas que deixou 255 britânicos e 649 argentinos mortos, terminando com a rendição das tropas argentinas, país, na época, governado por uma ditadura.

“Creio que seja muito importante comemorarmos a guerra das Malvinas nesta data em que ela comemora 30 anos e recordarmos todos que dela participaram, lutando bravamente, perdendo, muitos deles, suas vidas”, conclamou.

“Mas o ponto absolutamente vital é termos clareza de que o futuro das Ilhas de Falkland (como as britânicos as chamam) é um assunto que cabe à própria população e caso ela queira continuar como parte do Reino Unido, tem todo o direito de seguir desta forma”, insistiu.

As declarações de Cameron são uma resposta à sugestão da chancelaria argentina de que a decisão do governo das Malvinas de proibir o desembarque de um cruzeiro por problemas de saúde poderia significar um recado “hostil” do Reino Unido.

Fonte: Cubadebate