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Argentina: Declarações do Reino Unido sobre Malvinas são ofensivas

O governo da Argentina classificou nesta quarta-feira (18) como “absolutamente ofensivas” as declarações do primeiro ministro britânico, David Cameron, que acusou o país do sul de “colonialismo” por sua reclamação de soberania das ilhas Malvinas, objeto de uma guerra entre ambas as nações em 1982.

“São absolutamente ofensivos, sobretudo se tratando do Reino Unido. A história mostra claramente qual foi sua atitude frente ao mundo”, manifestou o ministro do Interior Florencio Randazzo, como registrou a agência Efe.

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O ministro indicou que o governo da presidente Cristina Kirchner, aspira que o Reino Unido “aceite a resolução das Nações Unidas (ONU) e aceite negociar a soberania do arquipélago localizado no Atlântico Sul.

O chanceler argentino, Oscar Laborde, disse que os últimos acontecimentos na América Latina demonstram o isolamento da Grã Bretanha em torno da questão das Malvinas.

Ele esclareceu ao jornal Página/12 que as nações da América Latina expressam cada vez mais respaldo à causa argentina, na demanda pela soberania sobre a ilha.

Como exemplo, Laborde citou o apoio recebido por parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União de Nações Sul Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Há evidentemente um avanço que vai terminar fazendo o império britânico sentar e negociar como foi resolvido pelas Nações Unidas”, assegurou o representante da chancelaria argentina.

Histórico

Em 1965, o Comitê de Descolonização da ONU decidiu que nas Malvinas há uma situação colonial que deve ser resolvida por meio de negociações entre a Argentina e o Reino Unido.

A Grã Bretanha enviou em 1833 uma navio de guerra que invadiu as ilhas e desalojou a população argentina que se encontrava neste território.

Cameron anunciou que convocou o Conselho Nacional de Segurança britânico para abordar a questão da situação nas ilhas.

Com base nas declarações da ONU, a Argentina sustenta que os malvinenses não têm direito à autodeterminação por se tratar de descendentes de colonos ingleses.

O governo argentino também reclama que o Reino Unido retome as negociações de soberania interrompidas desde a guerra travada em 1982, na qual triunfaram as tropas britânicas.

Fonte: AVN
Tradução: Da Redação do Vermelho