Paquistão nega reabertura de rotas para Otan
O Escritório do Serviço Exterior do Paquistão negou nesta sexta (20) que o governo tenha decidido reabrir as rotas que passam combustível e suprimentos para as tropas da Otan estacionadas no Afeganistão.
Publicado 20/01/2012 09:48
Nesta quinta-feira, citando fontes não identificadas da entidade, a mídia informou que Islamabad tinha decidido reabrir as rotas em uma data ainda a ser especificada, em troca de a aliança atlântica pagar para usar portos, estradas, proteção das forças de segurança e outros serviços.
No entanto, o porta-voz do Escritório de Serviço Exterior, Abdul Basit, disse aos repórteres que "as condições para a reabertura das rotas ainda não foram decididas", caso seja positiva uma decisão sobre o assunto.
O bloqueio do tráfego foi a primeira resposta do Paquistão ao bombardeio que as aeronaves da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) executaram em 26 de novembro contra dois postos de controle na fronteira com o Afeganistão, matando 24 soldados.
Islamabad também deu 15 diasaos Estados Unidos para que desocupe a base de drones com que atacava os talibãs do noroeste do país, e não participou de uma conferência sobre o Afeganistão realizada em dezembro na Alemanha.
No dia do ataque, o primeiro-ministro Yousuf Raza Gilani determinou rever todos os programas, atividades e acordos de cooperação com Washington, a Otan e a Força Internacional de Assistência no Afeganistão (ISAF), incluindo os diplomáticos, políticos, militares e de inteligência .
Tudo indica, além disso, que a eventual abertura de rotas de abastecimento para a Otan ainda vai levar algum tempo, pois nesta quinta (19) a chanceler Hina Rabbani Khar disse que, por hora, o Paquistão não pode iniciar um novo compromisso com os Estados Unidos porque as relações bilaterais estão em compasso de espera.
"Está em curso um processo contínuo de reavaliação (da aliança entre os dois países) e até que não se complete, não podemos começar um novo compromisso", disse ela.
Fonte: Prensa Latina